Coroando o processo de “re-IPO”, que resultou na captação de R$ 405 milhões em julho, a catarinense Irani Papel e Embalagem faz nesta segunda-feira (14) sua estreia no Novo Mercado da B3, e já cogita emitir debênture.
De acordo com o Valor Econômico, o movimento ocorre antes do fim do prazo de seis meses, prometido aos investidores que participaram da oferta primária de ações, para consumar a operação.
Debênture: governança
Conforme o jornal, a companhia, que já era listada em bolsa mas em outro nível de governança, iniciou a execução de um pacote de investimentos de R$ 743 milhões que resultará em ampliação e modernização das operações em Santa Catarina e já está avaliando novas rodadas de expansão.
Para ajudar a financiar os planos de crescimento, batizados Plataforma Gaia, a Irani está trabalha em duas frentes: empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e captação de recursos no mercado de capitais, eventualmente via emissão de debêntures de infraestrutura.
“Estamos avaliando as condições”, diz o diretor de administração, finanças e relações com investidores da fabricante de papel e embalagens de papelão ondulado, Odivan Cargnin. “Somos uma companhia local no Novo Mercado e isso habilita a Irani a sonhar muito mais alto”, acrescenta.
CEO
Para o presidente da empresa, Sergio Ribas, o ingresso no Novo Mercado, que foi precedido da conversão de ações preferenciais em ordinárias na proporção de um para um, representa um divisor de águas.
Hoje, a Irani tem 42% de seu capital em circulação no mercado e 23 mil acionistas, entre investidores internacionais que participaram da oferta e pessoas físicas, frente a 3 mil anteriormente. Seu valor de mercado chega a R$ 1,3 bilhão. “Uma série de possibilidades se abre para a Irani. É uma engrenagem vitoriosa”, afirma o executivo.
1ª etapa
Nessa primeira etapa de investimentos, são cinco projetos concentrados em Santa Catarina, incluindo uma nova caldeira de recuperação e a repotenciação de duas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), alcançando a autossuficiência energética no Estado – esse projeto específico levou aos estudos acerca de uma potencial emissão de debênture de infraestrutura.
A companhia espera ainda tomar uma decisão sobre o plano de aportes na fábrica de Minas Gerais, que pode girar em torno de R$ 400 milhões, nos próximos meses. “Já começamos a pensar num novo ciclo de investimento e podemos financiar via dívida ou equity desde que os projetos tragam um bom retorno”, diz Ribas.
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