“Os cartões de crédito são aceitos na maioria dos estabelecimentos tornando comum o uso de uma linha de crédito que deveria ser utilizada como emergencial”
Foi constatado que um quarto dos brasileiros que fizeram compras no cartão de crédito não pagaram o valor integral de suas faturas e utilizaram o crédito rotativo. Os dados são de pesquisa da Confederação nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), referentes ao mês de fevereiro deste ano. O uso desta linha de crédito é muito prejudicial para a saúde financeira, já que ela possui um dos juros mais altos do mercado, chegando a 286,9% ao ano. Pensando nisso o Financista Fabrizio Gueratto do canal 1Bilhão educação financeira elaborou 5 dicas para evitar cair no crédito rotativo.
1 – Acompanhe os gastos no aplicativo do banco e da operadora de cartão de crédito ou através de um aplicativo de gestão financeira:
Com os aplicativos de celular fica mais fácil ter um controle maior sobre as contas em tempo real. É preciso é criar o hábito de checar os gastos constantemente. Não adianta nada ter acesso aos dados se não se tem um controle sobre eles. Como vemos na pesquisa, hoje temos um número alto de endividados mesmo com o crescente acesso à essa tecnologia. Então o brasileiro precisa na verdade criar o hábito de acompanhar mais de perto os gastos no mês, para não ser pego de surpresa;
2 – Evite fazer compras parceladas:
As compras parceladas podem dar a ilusão de que seu consumo no mês é menor do que a realidade. É preciso evitar ao máximo esse tipo de compra, principalmente as de longo prazo ou “a perder de vista”, pois se surgir uma emergência o consumidor pode ficar com pouco espaço para manejar o orçamento e se enrolar nas finanças. Comprar parcelado na prática significa antecipar um desejo de algo que você não pode ter naquele momento;
3 – Veja a possibilidade de ter um cartão de crédito pré-pago:
Com o cartão de crédito pré-pago fica bem mais fácil colocar as contas na ponta do lápis. Uma vantagem dele é que ele funciona como um meio termo entre o cartão de débito e o de crédito. Você pode usá-lo para comprar em sites que só aceitam o crédito, por exemplo serviços de streaming, aplicativos para carregar créditos no celular e cartões de transporte público. Porém, a grande diferença é que você só poderá usar o valor que colocar nele antes de usar. Não existe o crédito rotativo;
4 – Não utilize o cartão de crédito:
Se você não consegue mesmo controlar os seus gastos então o melhor a fazer é fugir da “tentação”. Os cartões de crédito são aceitos na maioria dos estabelecimentos tornando comum o uso de uma linha de crédito que deveria ser utilizada como emergencial. Este hábito é péssimo e vem levando a este crescente número de brasileiros endividados. Portanto é melhor não ter um para evitar maiores dores de cabeça depois. É cortar o mal pela raiz;
5 – Negociar a dívida com opções de juros mais baixos:
Existem outras linhas de crédito que podem pesar menos no orçamento e fazer você sair do rotativo do cartão de crédito. Na prática é trocar uma dívida mais cara por uma mais barata. O crédito consignado é debitado diretamente do salário. Portanto, possui um dos juros mais baixos do mercado já que a instituição financeira tem a segurança do pagamento da dívida. O que é preciso ter em mente é que não se pode comprometer muito o orçamento para não gerar novas dívidas. O ideal é checar o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento, que inclui, além dos juros, todas as taxas envolvidas no processo. Dessa forma se torna possível comparar todas as propostas para definir a melhor alternativa;
6 – Cofre de emergência:
O primeiro passo para qualquer planejamento financeiro é ter um Cofre de Emergência. Isso significa que a pessoa precisa ter guardado no mínimo 6 meses do seu custo de vida em um investimento sem risco e que seja possível resgatar rapidamente, como o tesouro direto selic, por exemplo. Isso evita que, em uma situação emergencial, a pessoa use o limite do cartão de crédito e entre numa bola de neve.
Comentários estão fechados.