O dólar operava em queda contra o real nos primeiros negócios desta segunda-feira (23), em início de semana marcado pelo otimismo internacional em relação ao desenvolvimento de uma vacina para a Covid-19 e expectativa dos investidores domésticos pela participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em três eventos diferentes durante o dia.
Às 9:05, o dólar recuava 0,56%, a R$ 5,3568 na venda, enquanto o contrato mais líquido de dólar futuro tinha queda de 0,38%, a R$ 5,360.
Na última sessão, na sexta-feira, a moeda norte-americana registrou salto de 1,39%, a R$ 5,387 reais.
Nesta segunda, o Banco Central fará leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em abril e agosto de 2021.
Dólar: venda de reservas
A venda de reservas internacionais para reduzir o endividamento público está no cardápio do governo, mas a decisão cabe ao Banco Central (BC), disse o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.
Em entrevista à imprensa, ele lembrou que o procedimento foi executado no ano passado e poderá ser repetido em 2021, caso haja intenção.
Guedes
Rodrigues comentou declarações dadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento fechado à imprensa de que seria possível ao governo queimar “um pouco” das reservas externas do país para diminuir a dívida bruta, que deve crescer para 96% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.
“A fala do ministro entrou no contexto de uma gestão macroeconômica mais integrada [entre o Ministério da Economia e do BC] e mais bem feita, mais bem desenhada”, disse Rodrigues. “Sim, a posteriori, uma vez que o Banco Central decida tomar suas ações, há um impacto positivo [na venda de reservas], inclusive sobre o montante da dívida bruta”, acrescentou.
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