Defasagem da Gasolina chega a 24% e Petrobras pode ter de subir preço

Empresa tem estoques, mas quando acabarem a alta se tornará prejuízo

O conflito entre Ucrânia e Rússia jogou o preço do petróleo para US$ 119,73, preço antes visto pela última vez apenas em maio de 2012 – quase 10 anos atrás. Com a disparada do preço, a defasagem da gasolina no Brasil chegou em 24%, e a do diesel bateu 27%, disse o consultor de gerenciamento de risco da Stonex, Pedro Shinzato, ao Estadão. Com isso, fica cada vez mais possível um aumento de preço de combustível pela Petrobras (PETR3; PETR4).

A companhia tem algum estoque, comprado há cerca de dois meses, mas assim que ele acabar, a alta será um grande problema para o caixa da companhia se não repassar a alta para os clientes – o que é uma das questões que pesam para a Petrobras. A direção da companhia se reuniu recentemente para discutir as oscilações do petróleo e decidir o que fazer.

Se repassar a alta para os consumidores, o preço médio da gasolina salta de R$ 6,56 para R$ 7,15 e o do diesel de R$ 5,65 para R$ 6,64, nas contas do consultor. Em seus cálculos, Shinzato desconsidera possíveis mudanças nos outros componentes de preço da empresa, como impostos. A companhia teve um resultado recorde de R$ 106 bilhões em 2021 por conta da política de preços que repassava as altas do mercado externo para o interno.

Pressionada pela política – o presidente vem prometendo fazer algo a respeito -, a Petrobras não fez nenhum repasse neste ano, o que fez com que os outros importadores de gasolina parassem, piorando ainda mais a situação da estatal.

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