Em épocas de incertezas e crise econômica, como esta em que estamos vivendo, alguns costumam procurar a renda fixa por causa da segurança, característica principal desse tipo de investimento.
Dessa forma, essas pessoas acabam se deparando com títulos da dívida pública no Tesouro Direto. Entre eles, papéis prefixados ou atrelados ao IPCA com juros semestrais são comuns. Mesmo assim, poucos sabem as diferenças entre eles ou entende de fato como calcular os ganhos para ver se vale a pena investir.
Portanto, saiba tudo sobre o tesouro direto com juros semestrais e entenda como calcular os ganhos para ter certeza se vale a pena investir.
Principais características e diferenças
O que diferencia o tesouro direto com juros semestrais é justamente o tempo para o pagamento, que como o nome já diz, é a cada seis meses.
Dessa forma, o rendimento desse tipo de investimento acaba sendo proporcional ao valor aplicado. Além disso, a rentabilidade, também nomeada como cupom, tem sua base de cálculo na taxa de juros vigente no momento da compra do papel.
Em suma, a principal diferença é o tempo de pagamento. Portanto, para os outros tipos de tesouro direto, o rendimento só é pago ao investidor quando a aplicação vence. Normalmente, o vencimento é estabelecido em 5 ou 10 ou até mais anos.
Como calcular o rendimento?
Basicamente, é necessário saber se o tesouro direto semestral escolhido está atrelado a alguma taxa, como o IPCA ou a Selic. O rendimento vai variar de acordo com essas taxas. Além disso, vale lembrar que atualmente as duas estão em níveis considerados altos.
Dessa forma, as datas semestrais de pagamentos são fixas. Sendo assim, não há alteração em relação ao dia em que a pessoa aplica o seu dinheiro. Os cupons sempre são pagos em meses predeterminados.
“Você pode comprar o título próximo do pagamento, mas quando se aproxima o pagamento do cupom, ele vai ficando mais caro e sua rentabilidade cai proporcionalmente. Quando descarrega o cupom [paga e recomeça a contagem de seis meses], ele fica mais barato”, explica o gerente do Tesouro Direto, Paulo Marques.
Quando o tesouro direto com juros semestrais é a melhor opção?
Os títulos que rendem e pagam ao investidor de forma semestral são indicados para aqueles que necessitam do dinheiro a cada seis meses para complementar sua renda.
“É um produto indicado para quem não exerce mais atividade remunerada ou se aposentou e precisa compor uma renda constante ao longo do tempo para cobrir suas despesas”, afirma Fabio Macedo, diretor comercial da Nu Invest.
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