Nesta sexta-feira (24), o Banco Central chinês apareceu com uma novidade: todas as transações com criptomoedas agora são ilegais e devem ser proibidas no país.
A China já vinha emitindo normas que reprimiam o uso das criptomoedas em seu território, como a proibição da mineração e a restrição de transações com criptomoedas entre empresas e indústrias. Entretanto, era permitida a transação de criptos entre pessoas físicas.
A sentença assustou o mercado, que por consequência gerou uma queda de 8,05% no valor do Bitcoin, a criptomoeda mais famosa e valiosa do mundo. Desse modo, a cotação chegou a US$ 41,28 mil.
Mas, por que a China fez isso? Essa sentença pode interferir nos investimentos em criptomoedas a longo prazo? Confira:
Motivos da China
O governo chinês já vinha dando sinais de sua reprovação em relação às criptomoedas. Por isso, a decisão de proibi-las de forma total não foi uma surpresa ao mercado. Além disso, este não espera que a China volte atrás em sua decisão.
Entretanto, o motivo da proibição pode ser uma jogada para alavancar as vendas do Yuan Chain Coin (YCC), a criptomoeda chinesa que hoje está cotada em US$ 0,00976995, com um volume de negociação em 24 horas de US$ 71.124.
“A verdadeira intenção da China é transformar a Yuan Chain Coin na maior criptomoeda do mundo. Assim como os Estados Unidos tem o dólar papel, o governo chinês está querendo ter a maior reserva de criptomoedas. Além disso, é uma coisa que o mercado já esperava, assim como proibiram a mineração e enfim”, afirma Fabrizio Gueratto, financista do Canal 1Bilhão Educação Financeira.
“A gente sabe que na China não está em vigor um governo democrático, então as decisões lá são monocráticas. Portanto, na minha opinião, eles não revogaram não”, completa.
Resiliência é a chave
Em relação às criptomoedas em geral, o diagnóstico não é preocupante. Isso porque o dinheiro digital já vinha sofrendo alguns baques, mas mostrou a todos que consegue se reinventar.
O mesmo aconteceu quando a China deu os primeiros indícios de reprovação, quando proibiu a mineração do Bitcoin. Vale lembrar que o país continha a maior rede de mineração em suas fronteiras.
Mesmo tendo sua cotação afetada, o Bitcoin se recuperou e bateu um valor de US$ 50 mil por unidade no fim de agosto deste ano.
“Mesmo que dê certo impacto nas criptomoedas, elas já mostraram ser resilientes. Quando tiraram todas as máquinas de mineração da China, houve aquela queda, mas o mercado se ajusta novamente em outros locais e a vida segue”, argumenta Gueratto.
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