A Eletrobras (ELET3) anunciou que vai investir na modernização de toda a sua estrutura. O objetivo é buscar melhorias, assim como uma maior eficiência.
O total é R$ 8,3 bilhões destinados a esses fins, entre 2021 e 2025. O processo de modernização inclui a aquisição de equipamentos mais atuais, além da modernização e digitalização das usinas.
Em suma, a Eletrobras afirmou em nota ao mercado que o propósito principal das reformas é diminuir riscos de operações nas hidrelétricas.
As principais usinas no foco das mudanças são: Paulo Afonso IV, Sobradinho, Xingó, Marimbondo, Itumbiara e Tucuruí e a AES Tietê (AESB3). Sendo assim, das nova unidades da empresa, somente três ainda não terminaram o processo.
Mudanças necessárias
As mudanças se mostram necessárias, uma vez que, devido ao envelhecimento e desgaste das turbinas, a eficiência da hidrelétrica pode ser comprometida. Além disso, ao passar do tempo, quanto mais antigo o equipamento é, mais tempo é necessário para repará-lo, portanto, isso afeta diretamente o volume de geração.
De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), nos últimos anos, o índice de disponibilidade das hidrelétricas entre 59 MW e 699 MW diminuiu. Dessa forma, uma das razões pode ser o efeito do tempo nos equipamentos.
“Apesar de não aumentar a potência, a modernização eleva a eficiência e faz a usina gerar mais tempo, o que é bom para o sistema”, afirma Cláudio Trejger, presidente da divisão Hydro da GE Renewable Energy da América Latina.
De acordo com Trejger, a tecnologia atual pode melhorar os resultados nas usinas, que irão apresentar soluções que monitoram e permitem operações de forma remota.
O que muda?
O Ministério de Minas e Energia informou que, em decorrência com o Plano Decenal de Energia, é aguardada uma expansão hidrelétrica. Dessa forma, o alcance esperado é de 4,3 mil MW até 2030 após a modernização das usinas existentes.
“Contudo, para isso ocorrer, é preciso evoluir a atual forma de remuneração de atributos das hidrelétricas, como a capacidade”, afirma o ministério.
Além disso, o órgão ressalta que é necessário aprimorar as metodologias, assim como o desenho do mercado, seguindo de acordo com os trabalhos do Comitê de Implementação da Modernização.
“A reavaliação do potencial dessas usinas pode ser uma oportunidade para a indústria de hidroeletricidade do País”, em nota, diz o ministério.
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