O aumento da taxa Selic (de 3,5% para 4,25% ao ano) trouxe dúvidas a alguns investidores. Afinal, a Renda Fixa começou a render um pouco mais, mediante ao cenário atual. Com isso, as pessoas tendem a preferir investir nessas opções de investimentos por considerarem mais seguros.
Entretanto, por outro lado, os Fundos Imobiliários (FII), que são um tipo de renda variável, estão sofrendo com a diminuição de cota, assim como a alta da inflação, que deixa o custos de materiais mais caros, o que por consequência afeta a rentabilidade desse tipo de ativo.
Portanto, as perguntas que ficam são: Onde investir? Qual a melhor opção?
Alta da inflação
A princípio, para tomar a melhor decisão é necessário entender o que está acontecendo e qual o contexto do cenário atual do país.
A primeira questão que precisa ser levada em consideração é o atual cenário pandêmico do país e a alta da inflação (8,06% ao ano), que está cada vez mais alta no Brasil.
Um dos fatores para essa explosão na inflação foi o aumento da circulação de dinheiro, causado pela distribuição do auxílio emergencial. Além disso, uma das consequências causadas pela pandemia, resultou na escassez de diversos materiais, inclusive na construção civil que teve um aumento de 40%, assim como aumento da gasolina.
Decisão do Governo
A estratégia do Governo Federal foi aumentar a taxa básica de juros (Selic), que chegou a um aumento considerável de 4,25% ao ano. Portanto, espera-se que o aumento da taxa haja diminuição da circulação do dinheiro.
Assim, o governo sobe o ‘custo’ do dinheiro para forçar os preços de mercado a diminuir e por consequência, diminuir a inflação.
Outra questão que pode movimentar o cenário é a crise de energia que se consolida no país. Devido a falta de chuvas, a principal fonte de energia, hidrelétricas, funcionam com menos de 30% da sua capacidade total, o que pode fazer a taxa Selic continuar subindo.
Questão de estratégia
Segundo o financista do Canal 1Bilhão Educação Financeira, Fabrizio Gueratto, essa questão é pura estratégia. De acordo com o mesmo, apesar da suposta diminuição da cota dos Fundos Imobiliários, eles irão continuar pagando dividendos, que vem de contratos de aluguéis, que teve alta de 20% devido à inflação.
O cenário atual serve para fazer pequenos rebalanceamentos. Apesar da queda na cota dos fundos, assim como o IFIX ( Índice de retorno total). “Agora o dólar caiu, agora vou investir nos EUA, agora o FII não está tão bom, vou tirar meu dinheiro. Só faz esse tipo de coisa quem não tem estratégia”, afirma Gueratto.
Em suma, o especialista diz que ele mesmo tem FIIs em sua carteira de investimentos. Ele também explica que é importante ter sempre diversidade de investimento. Além disso, para compor uma boa carteira, há vários FIIs que investem em bons ativos, como por exemplo, Galpões Logísticos.
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