A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acusou dois ex-executivos da Vale (VALE3) após a conclusão de inquérito que analisava eventuais irregularidades relativas à possível não observância de deveres fiduciários de administradores da Vale pelos fatos relacionados ao rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).
De acordo com o Valor Econômico, são eles o ex-presidente da empresa, Fabio Schvartsman e o ex-diretor-executivo de ferrosos e carvão da Vale, Gerd Peter Poppinga.
No momento, o regulador aguarda a defesa dos ex-executivos, segundo os dados públicos no site da CVM. Além do nome dos acusados, também consta que o processo apura “eventuais irregularidades relativas à possível inobservância de deveres fiduciários de administradores da Vale S.A., pelos fatos relacionados ao rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG)”. Não há mais informações imediatamente disponíveis.
Vale: CVM
A CVM informou a abertura do inquérito em agosto de 2019, a partir de um processo aberto em janeiro, dias depois do rompimento. O Valor já havia noticiado que a autarquia investigava a conduta individual de Schvartsman, da diretoria estatutária e dos 12 conselheiros da empresa na época do acidente.
O andamento do caso na CVM torna-se público após a Vale ter assinado, em fevereiro, acordo de R$ 37,68 bilhões com o Estado de Minas Gerais por reparação pelos danos causados pelo rompimento da barragem. O acordo abrange direitos socioeconômicos e socioambientais e ações individuais e criminais não fazem parte dos valores e seguem tramitando. A reportagem não localizou a defesa dos acusados até o momento.
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