A sessão pública do leilão de privatização da empresa de distribuição de energia elétrica CEEE-D, controlada pelo governo do Rio Grande do Sul, foi adiada para 31 de março, informou a administração estadual nesta segunda-feira (18).
Segundo a Reuters, a licitação da empresa, que é responsável pelo fornecimento de eletricidade em parte do Rio Grande do Sul, com atuação em 72 municípios, estava antes prevista para 3 de fevereiro.
CEEE-D: data prevista
Também houve alteração na data prevista para a entrega das propostas dos interessados na desestatização, agora agendada para 26 de março.
A data limite para envio das propostas era antes 29 de janeiro.
Governo
O governo estadual disse em nota que a mudança no cronograma “foi solicitada por interessados” e citou entre os motivos a realização recente, em dezembro, de dois leilões envolvendo ativos de energia— a privatização da CEB-D, de Brasília, e uma licitação de novos projetos de transmissão.
“(…) a prorrogação na data vai proporcionar mais tempo para análises dos investidores em potencial e possibilitar maior chance de sucesso no processo de privatização da companhia.”
A Reuters publicou na sexta-feira, com informação de fontes, que as elétricas Equatorial Energia e CPFL Energia, além de um fundo norte-americano, estariam entre as empresas que acessaram uma sala virtual com informações sobre o processo de desestatização.
Data-room
A sala de informações virtual (data-room) com dados sobre a empresa e o processo de venda ficará aberta até 26 de janeiro, segundo informações do edital da privatização, que tem sido conduzida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“É quase a mesma turma que participou do leilão da CEB-D, os mesmos interessados. Equatorial, CPFL”, disse uma das fontes, que falou sob a condição de anonimato, porque as informações são sigilosas.
Licitação
A fala faz referência à licitação para venda da unidade de distribuição da Companhia Energética de Brasília (CEB-D), controlada pelo governo do Distrito Federal, realizada em dezembro.
A empresa foi arrematada pela Neoenergia, por R$ 2,5 bilhões. Equatorial Energia e a CPFL, controlada pela chinesa State Grid, também fizeram propostas pela empresa.
A fonte acrescentou que um fundo de infraestrutura norte-americano também acessou o data-room, enquanto há alguma expectativa de que a Neoenergia possa também avaliar o negócio.
A Neoenergia, no entanto, ainda não acessou os dados sobre a privatização até o momento, disse a segunda fonte, que também confirmou o nome dos demais interessados.
“Eles ainda têm que ‘digerir’ a CEB”, comentou.
Empresas
A Equatorial e o BNDES afirmaram que não iriam comentar. A CPFL disse que “está constantemente olhando as oportunidades que surgem no setor elétrico e que estejam em linha com sua disciplina financeira”.
- Só clique aqui se já for investidor
Comentários estão fechados.