É uma moeda virtual, ou seja, ela não existe como o dólar, por exemplo, que possui o papel moeda. Ela é a primeira criptomoeda do mundo. Na prática é a criptografia que faz com que ela seja segura e a prova de clonagem ou falsificação, por exemplo.
2 – Mas o que é uma criptomoeda?
Como o próprio nome diz, é uma moeda que por traz tem a criptografia como segurança. A criptografia é um sistema de códigos, de algoritmos em que apenas o destinatário consegue decifrar. É como se fosse uma fechadura e só quem tem aquela chave específica para conseguir abrir. Por exemplo, o WhatsApp, aplicativo de mensagens, utiliza a criptografia para que quando uma pessoa manda uma mensagem para outra, somente esta consegue decifrar em seu celular e ler o que está escrito. Em teoria nem mesmo o presidente do WhatsApp consegue ter acesso ao conteúdo. Porém, existem relatos de que o WhatsApp já foi invadido e clonado. Mas junto com a criptomoeda nasceu o blockchain (cadeia de blocos) e esta tecnologia está revolucionando diversas áreas. Ele é considerado hoje a forma mais segura de manter os dados e ao mesmo tempo ter transparência.
3 – O que é o Blockchain?
Um grande problema em relação à segurança de uma criptomoeda é se ela não poderia ser clonada, falsificada, principalmente por se tratar de algo totalmente virtual. Porém, junto com este novo “dinheiro” surgiu uma tecnologia, o blockchain. Na prática é um sistema que armazena os dados em milhares de computadores e ao mesmo tempo todo mundo consegue ter acesso a esses dados, mas não podem modificá-los. Fazendo uma analogia, seria o mesmo que o código para se conseguir abrir um cofre estivesse espalhado por milhares de computadores, mas o que existe dentro do cofre é público, tem uma câmera interna. Na prática um hacker precisaria invadir metade destes computadores ou talvez até mesmo todos eles. Mas como isso nunca aconteceu, é difícil dizer como seria possível. Quando uma pessoa vende um Bitcoin (BTC) para outra, somente esta outra pessoa tem a criptografia certa para receber aquela moeda e imediatamente é registrado no blockchain. Isso evita que uma outra pessoa consiga usar aquela moeda em uma outra transação.
4 – Como surgiu o Bitcoin?
Não existe uma certeza. Mas o consenso que todo o mercado usa é que foi um programador que utiliza o apelido de Satoshi Nakamoto, a criou em 2008.
5 – Por que surgiu o Bitcoin?
A ideia dos programadores é que pudesse ter uma moeda sem controle de governos e banco centrais e que uma transação fosse concluída imediatamente em qualquer lugar do mundo. Hoje é possível transferir Bitcoins (BTC) do Brasil para o Japão em uma velocidade inferior a um segundo.
6 – Como compro Bitcoin?
É possível comprar um Bitcoin (BTC) em corretoras de valores de criptomoedas. Seriam semelhantes as corretoras de valores mobiliários, que negociam ações da bolsa de valores e outros investimentos, porém, elas não têm regulação do Banco Central ou CVM. Existem várias empresas, mas nem todas são confiáveis. A Foxbit é uma das mais usadas
7 – É seguro ter Bitcoin?
O blockchain é considerada hoje a tecnologia mais segura contra invasões. Entretanto, isso não quer dizer que se a pessoa não guardar bem o seu Bitcoin (BTC), ela não possa ser roubada. Fazendo um paralelo, seria o mesmo que o código para se abrir um cofre esteja espalhado por milhões de computadores. Entretanto, você guarda uma chave que abre um pedaço deste cofre. Neste caso esta chave seria o seu Bitcoin. É preciso guardar bem este código, para não sofrer um ataque hacker.
8 – Como usar o Bitcoin (BTC)?
É crescente o número de empresas que aceitam o Bitcoin (BTC). No Brasil já temos clínicas veterinárias, agências de eventos, como a Scheeeins, Hostel e até mesmo construtoras, como a Tecnisa. Em outros lugares do mundo como Estados Unidos e Europa, existem um número muito maior.
9 – Bitcoin é ilegal?
O Bitcoin não é ilegal, porém, não existe regulamentação, nem fiscalização de um órgão oficial ou governo. Entretanto, é necessário declarar no Imposto de Renda assim como qualquer investimento financeiro e precisa pagar imposto sobre os lucros. Porém, a maioria das pessoas não declara.
10 – Quais são as vantagens do Bitcoin?
Por ser uma moeda virtual, a velocidade de uma transação é impressionante. É possível uma pessoa ter no celular R$ 10 milhões em Bitcoins, estar na Finlândia e com apenas dois cliques comprar uma Ferrari, por exemplo. Outra vantagem é que não existem taxas cobradas pelas instituições financeiras, nem tão pouco, conversão de diversas moedas para se chegar até a moeda local do país em que a transação financeira está sendo feita.
11 – Vale a pena investir em Bitcoin?
Em geral o investidor não investe em nenhuma moeda, seja ela física ou virtual. Dificilmente uma pessoa compra dólar, que hoje é considerado o ativo mais seguro do mundo como forma de valorização. Até mesmo o ouro não é comprado para esta finalidade. As pessoas compram como forma de diversificação e de segurança. Entretanto, o Bitcoin (BTC) possui ainda uma grande volatilidade, ou seja, sua cotação oscila muito. Um Bitcoin (BTC), por exemplo, já teve a cotação máxima de US$ 20 mil e 6 meses depois despencou 70% e atingiu o valor de US$ 6 mil. Por enquanto, é um ativo de altíssimo risco. A criptomoeda não foi criada com o intuito de ser um investimento.
12 – Quais são os problemas do Bitcoin?
Em primeiro lugar, apesar de ser a primeira criptomoeda do mundo, o Bitcoin (BTC), não tem seu futuro assegurado. Assim como ele, existem mais de 3 mil outras criptomoedas. Em teoria, todas podem existir ao mesmo tempo, mas isso não quer dizer que isso ocorrerá. Um outro risco é que este tipo de dinheiro está sendo muito usado para tráfico de drogas, sequestro, evasão de divisas e outros crimes. Existe o risco dos governos proibirem os estabelecimentos de aceitarem como pagamento, o que derrubaria as cotações.
13 – O governo fiscaliza o Bitcoin?
Nenhum governo consegue regular o Bitcoin ou qualquer outra criptomoeda, pois não passa por nenhum banco central ou casa da moeda. O que os órgãos fiscalizadores tentam a administrar a última ponta. Por exemplo, no Brasil, a CVM soltou uma resolução a respeito dos fundos de investimento que querem investir em criptomoedas. Mas a Comissão de Valores Mobiliários fez isso, pois ela tem poder sobre os fundos, mas não sobre as moedas virtuais. Na prática é impossível regular e fiscalizar uma moeda virtual que foi criada, minerada e é aperfeiçoada pelos próprios usuários da rede.
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