PMEs e Residências puxam consumo de Energia 1,3% em abril

País demandou 65.362 MW/médios do Sistema Interligado Nacional

Nas duas primeiras semanas de abril o consumo de energia elétrica subiu 2,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, o país demandou 65.362 megawatts médios do Sistema Interligado Nacional – SIN, de acordo com dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

O maior crescimento se deu no Ambiente de Contratação Livre (ACL), o mercado livre, que fornece eletricidade para indústria e grandes empresas, como shoppings e redes de varejo. O ambiente teve uma alta de 4% na comparação anual. Já o Ambiente de Contratação Regulada (ACR), o mercado regulado, que atende pequenas ou médias empresas e as residências, registrou um avanço de 1,3%.

A CCEE monitora 15 áreas da economia que compram energia no mercado livre. Em relação ao mesmo período do ano passado e desconsiderando a migração de cargas, as maiores altas foram registradas nos setores de serviços (22%), bebidas (17%) e transporte (9%).

Consumo regional

Na avaliação regional, entre os estados que tiveram alta, destaque para o Rio de Janeiro (18%), seguido por Mato Grosso (16%) e Rondônia (15%). Entre os que recuaram na demanda por energia elétrica, estão Rio Grande do Sul, Pará, Paraná e Amazonas. A principal influência para as variações regionais foi a temperatura, mas vale lembrar que todos os dados são prévios e deverão sofrer alterações até o fechamento da contabilização para o mês.

Geração

Nas duas primeiras semanas de abril, e em relação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 17% na produção de energia elétrica a partir de hidrelétricas, resultado do cenário hidrológico mais favorável. Consequentemente, as termelétricas recuaram 47%. O momento também foi de alta para geração de energia solar, que, impulsionado por melhores condições climáticas e pela inserção de novas usinas, cresceu quase 60% na comparação anual. Já os parques eólicos produziram 22% menos energia em relação a 2021.

Justificativas

O resultado se explica pela incidência de maiores temperaturas nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste no país em relação ao ano passado, o que leva a um uso mais frequente e intenso de equipamentos como refrigeradores, ventiladores ou aparelhos de ar-condicionado. Outra influência importante foi continuidade da retomada das atividades no setor de Serviços, após a maior abertura das restrições que haviam sido impostas pela pandemia de COVID-19.

A Câmara avalia outros dois fatores que podem influenciar nos dados. Um deles é a migração entre os ambientes de comercialização. Desconsiderando as novas cargas que trocaram de segmento nos últimos 12 meses, o avanço do mercado livre seria menor, de 0,8%, enquanto o regulado teria um crescimento de 3%.

O outro motivo seria o efeito da geração distribuída no ACR. Com a instalação de painéis fotovoltaicos em residências e empresas, a demanda do SIN é reduzida. Se não houvesse esse impacto, o aumento no ambiente regulado teria sido de 2,8%.

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