Confiança da Construção sobe 0,8 ponto

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O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV IBRE sobe 0,8 ponto em fevereiro, para 94,4 pontos, após quatro meses seguidos de queda. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,4 ponto.

“Pelo terceiro mês consecutivo, o revés na carteira de contratos afetou a percepção sobre a situação atual das empresas, indicando um arrefecimento do crescimento dos negócios. De fato, o Indicador de Evolução Recente da Atividade, que atingiu um pico em novembro do ano passado, caiu para baixo do nível de neutralidade desde janeiro. O que enseja o questionamento se o atual ciclo de crescimento teria se esgotado. Por outro lado, depois de quatro quedas consecutivas, as expectativas voltaram a melhorar, impulsionadas pela perspectiva de melhora da demanda nos próximos meses”, avaliou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE..

O pessimismo que contaminou o setor desde outubro diminuiu significativamente em fevereiro, liderado pelo segmento de Edificações, que reagiu de forma positiva ao anúncio de retomada do Programa Minha Casa Minha Vida.

A alta do ICST, neste mês, foi influenciada exclusivamente pela melhora das perspectivas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) recuou 1,7 ponto, para 93,4 pontos, menor nível de maio de 2022 (92,5 pontos). A queda do ISA-CST se deve à piora na percepção dos empresários sobre o indicador que mede o volume de carteira de contratos que caiu 1,7 ponto, para 95,3 pontos, e o do indicador que mede a situação atual dos negócios, que recuou 1,5 ponto, para 91,7 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-CST) avançou 3,4 pontos, para 95,6 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (103,2 pontos). A alta foi em decorrência da melhora do indicador de demanda prevista , que subiu 4,0 pontos, para 97,4 pontos, e do indicador de tendência dos negócios, que avançou 2,5 pontos, para 93,7 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção recuou 1,2 ponto percentual (p.p.), para 77,7%. O Nuci de Mão de Obra caiu 1,4 p.p., para 79,0%, enquanto o Nuci de Máquinas e Equipamentos ficou estável ao variar 0,1 p.p., para 71,9%.

Principais limitações

Há um ano, o custo dos materiais figurava como a segunda principal limitação à melhoria dos negócios. Demanda insuficiente era a principal dificuldade. Em 2023, nota-se o efeito da desaceleração dos preços dos materiais acentuada no segundo semestre do ano passado: houve redução expressiva no número de assinalações no quesito, que foi superado por escassez de mão obra qualificada, confirmando o aquecimento setorial. Por sua vez, a demanda insuficiente apesar de assumir o topo da lista, tem menos assinalações que em fevereiro de 2022.

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