A Petrobras (PETR4) reportou prejuízo líquido de R$ 2,7 bilhões no segundo trimestre, ante lucro de R$ 18,87 bilhões em igual período do ano passado.
O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (30).
De acordo com a companhia, trata-se de uma conjuntura de preços e demanda mais baixos devido à pandemia do novo coronavírus.
Conforme a empresa, houve uma melhora ante o prejuízo de R$ 48,5 bilhões no primeiro trimestre, principalmente devido à ausência de impairments no período.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somou cerca de R$ 25 bilhões, recuo de 23,5% na comparação anual.
O fluxo de caixa livre atingiu R$ 15,77 bilhões, frente os R$ 12,4 bilhões em igual período de 2019.
PETR4: baixas contábeis
Segundo a petroleira, além de não ter registrado baixas contábeis, que no trimestre anterior colaboraram para a companhia ter a maior perda de sua história, um ganho proveniente da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Confins, após decisão judicial favorável, limitou o prejuízo entre abril e junho, já que teve um efeito de R$ 10,9 bilhões no resultado.
Excluindo esses fatores, disse, a perda teria sido pior devido aos impactos da Covid-19 nas operações, com reflexo nos preços, margens e volumes.
PETR4: preços do óleo
De acordo com a petroleira, os preços do petróleo Brent, que eram de 65 dólares por barril em fevereiro, despencaram para 19 dólares em abril de 2020, devido à contração de 25% na demanda global, ameaçando uma parada súbita nos fluxos de caixa.
Além da pandemia, o segundo trimestre também foi afetado pelo colapso de preços resultante das negociações da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
PETR4: hedge
A empresa também registrou maiores despesas operacionais relacionadas à hedge, no valor de R$ 2,7 bilhões, e à implementação dos planos de demissão voluntária (PDVs), que exigiram provisões de R$ 4,8 bilhões.
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