O IMA-Geral, índice da ANBIMA que reflete a carteira de títulos públicos em mercado, avançou 1,86% em março. No acumulado do trimestre, o indicador registra ganhos de 3,63%. As carteiras de longo prazo foram o destaque do mês: o IMA-B 5+, que reúne NTN-Bs (papéis indexados à inflação) com vencimentos acima de cinco anos, teve o melhor desempenho entre os subíndices do IMA: 3,73%. Com o resultado, a soma é 3,61% de rentabilidade acumulada no ano.
“Em março, os investidores mostraram apetite por títulos de longo prazo, principalmente depois de diversos meses convivendo com incertezas fiscais que podem estar próximas do fim. Com o aumento da percepção de que o juro real, ou o prêmio de risco, está perto do seu teto, há o incentivo para a aquisição desses papéis mais longos no mercado secundário, o que gera sua valorização”, afirma Marcelo Cidade, economista da ANBIMA.
O IRF-M 1+, subíndice que acompanha os prefixados com vencimentos acima de um ano, registrou retornos de 2,67% no mês e de 4,23% no ano. Já entre os papéis de curto prazo, o IRF-M 1, composto por prefixados de até um ano, e o IMA-S, que reflete as carteiras das LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) com vencimentos de um dia, valorizaram 1,23% e 1,15%, nesta ordem.
Títulos corporativos
O IDA Geral (Índice de Debêntures ANBIMA), que representa as debêntures marcadas a mercado, registrou avanço de 1,36% em março, mas segue com recuo de 0,93% no ano. Assim como aconteceu entre os títulos públicos, os papéis corporativos de prazos mais longos se destacaram no mês.
O subíndice IDA-IPCA infraestrutura, que reflete o comportamento das debêntures incentivadas, teve retorno positivo de 2,36%. O IDA-IPCA ex infraestrutura, que acompanha os títulos sem benefício fiscal, apresentou rentabilidade de 2,09% no mês. Já a carteira de menor prazo, o IDA-DI, que investe em debêntures indexadas à taxa DI, registrou ganho de 0,76% em março.
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