As ofertas das companhias brasileiras no mercado de capitais somaram R$ 13,04 bilhões em fevereiro, resultado que representa recuo de 51,2% em relação a janeiro, quando foram alcançados R$ 26,7 bilhões. Na comparação ao mesmo mês do ano passado, a queda é de 73,2%, de acordo com os dados da ANBIMA apresentados hoje.
Até o encerramento de fevereiro, outras 21 operações estavam em andamento, com volume estimado de R$ 14 bilhões, e 16 passavam por análise, com cerca de R$ 5,2 bilhões (desconsiderando as ofertas de ações).
“O cenário deste início de ano tem sido marcado por incertezas, tanto sobre questões macroeconômicas quanto por conta de alguns eventos específicos. Os emissores estão aguardando um momento mais propício para a retomada de suas operações”, afirma José Eduardo Laloni, vice-presidente da ANBIMA.
Em mais um mês consecutivo, as debêntures lideraram as emissões no mercado de capitais, com R$ 6,6 bilhões a partir de 19 operações em fevereiro. O volume, entretanto, é cerca de três vezes menor do que em janeiro (R$ 18,7 bilhões). Na comparação com fevereiro de 2022 também houve queda de 64,5%.
Entre os demais instrumentos de renda fixa, os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e as notas comerciais registraram avanços de 85,8% e de 84,2%, respectivamente, sobre janeiro, com volumes de R$ 1,9 bilhão e de R$ 1,4 bilhão, nesta ordem.
Considerando os instrumentos híbridos entre renda fixa e variável, as emissões de FIIs (Fundos Imobiliários) chegaram a R$ 1,4 bilhão. O resultado representa recuo de 5,8% em relação a janeiro e avanço de 567,5% sobre fevereiro de 2022.
Já os Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais) registraram R$ 376 milhões. Vale destacar que entre as ofertas em andamento até o fim do último mês, 15 são de FIIs e Fiagros, somando cerca de R$ 4,7 bilhões.
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