Volume de emissões no mercado de capitais é o maior dos últimos dez anos para um 1º tri

O volume é o maior para o período desde o início da série histórica, em 2011

As emissões das empresas brasileiras no mercado de capitais atingiram R$ 102 bilhões no primeiro trimestre de 2021, o que representa alta de 21,8% em relação aos R$ 83,8 bilhões registrados entre janeiro e março de 2020.

De acordo com a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o volume é o maior para o período desde o início da série histórica, em 2011. Só em março foram captados R$ 53,1 bilhões, um aumento de 93,8% na comparação a fevereiro.

Mercado de capitais

As operações de renda variável se destacam em 2021: o total de R$ 33,4 bilhões também é o maior volume dos últimos dez anos para um primeiro trimestre. Deste montante, R$ 21,8 bilhões vieram de IPOs (ofertas iniciais de ações), valor que equivale a quase metade do total captado no ano passado inteiro.

O volume expressivo de ofertas iniciais realizadas em março (R$ 18,2 bilhões) contribuiu para o resultado. Para os próximos meses, 50 IPOs estão em andamento.

“A maior parte dos recursos levantados em IPOs está indo para a capitalização das companhias, para contribuir com o crescimento de suas operações”, afirma José Eduardo Laloni, vice-presidente da ANBIMA. No trimestre, os fundos de investimento permanecem como principais subscritores das ofertas de ações colocadas em mercado, com 49,7% do volume total, seguidos pelos investidores estrangeiros, com 34,2%. “É uma mudança importante de cenário. Há poucos anos, os estrangeiros eram o público essencial dessas ofertas e agora o maior apetite é dos fundos locais”, diz.

Debêntures

Entre as debêntures, o volume de emissões entre janeiro e março deste ano (R$ 31 bilhões) praticamente dobrou em relação ao mesmo período do ano passado (quando foram registrados R$ 16,8 bilhões). Apenas em março, esse instrumento representou 26,9% do total emitido no mercado de capitais, parcela superada apenas pelos IPOs.

Os CRIs e os FIDCs se destacam entre os demais produtos de renda fixa, com volumes de R$ 4,7 bilhões e de R$ 14,8 bilhões, respectivamente. Os fundos imobiliários, híbridos entre renda fixa e variável, também tiveram resultados expressivos no trimestre: o total de emissões (R$ 14 bilhões) está 29% acima do mesmo período de 2020. Só em março, os FIIs alcançaram R$ 6 bilhões, mais de três vezes acima do registrado em fevereiro (R$ 1,4 bilhão), confirmando o momento positivo do segmento.

No mercado externo, as operações de renda fixa das empresas brasileiras (emissões de bonds) somam US$ 7,6 bilhões em 2021 contra US$ 8 bilhões do primeiro trimestre do ano passado.

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