“O brasileiro não entendeu que sem se programar décadas antes, restará somente o INSS e, portanto, será praticamente impossível sobreviver com qualidade de vida”
Apesar de toda instabilidade política em Brasília a Reforma da Previdência precisará ser aprovada e dificultará ainda mais para o brasileiro se aposentar. Por isso, a população, independente da classe social, será obrigada a fazer a sua própria previdência, ou seja, acumular riquezas para viver na velhice. Não necessariamente isso significa um plano de previdência privada. Entretanto, uma recente pesquisa mostrou que ainda uma grande parcela da população não está se preparando para isso, principalmente as mulheres. Somente 37,8% das mulheres responderam que já estão pensando no futuro, contra 45,1% dos homens. “Existe ainda uma pouco da cultura machista de que o homem é o provedor da casa e, por isso, tem mais responsabilidade financeira para manter a família. Mas isso vem mudando rapidamente nos últimos 20 anos. A mulher vem gradativamente ocupando cargos de liderança. Muitas delas sustentam o lar sozinhas. Mas os números assustam para ambos os sexos. Creio que o brasileiro ainda não entendeu que sem se programar décadas antes, restará somente o INSS e, portanto, será praticamente impossível sobreviver com qualidade de vida”, explica o Financista Fabrizio Gueratto, do Canal 1Bilhão Educação Financeira.
O que é necessário para guardar dinheiro?
A pesquisa revelou ainda que o brasileiro continua dando sempre a mesma desculpa para justificar a falta de disciplina para guardar dinheiro. Quando perguntado o motivo, 41,7% das mulheres disseram que não sobra dinheiro no final do mês, enquanto 28,2% dos homens alegaram este mesmo motivo. “O primeiro dinheiro que entra no mês é o que a gente guarda e não o que sobra. Aprendemos errado na infância e levamos isso para a vida adulta. Entretanto, não existe desculpa para permanecer errando. Fora os que estão desempregados e aqueles que vivem na extrema miséria, todos podem guardar pelo menos 10% do que ganham. Precisamos parar de nos escondermos atrás do Se e do Quando. Por exemplo: Quando eu ganhar mais eu vou guardar. Se eu não tivesse tanta conta para pagar eu poderia poupar. Existe quem ganha R$ 1 mil e separa o dinheiro dos investimentos todos os meses e aquele que ganha R$ 150 mil e vive endividado. O problema não é o valor, mas sim, o comportamento”, dispara.
Um outro dado que a pesquisa revelou é que se a pessoa perdesse o emprego ou sua fonte de renda hoje, por quanto tempo ela sobreviveria mantendo o mesmo padrão de vida. Do total, 5,58% dos homens responderam que teriam receita para apenas um mês, enquanto 4,46% das mulheres deram a mesma resposta. Os que teriam condições de sobreviver sem receita por mais de 12 meses representam 12% dos homens e 7,1% das mulheres. O restante respondeu que conseguiria manter a mesma vida pelo período entre 1 a 12 meses. “Isso é muito grave. O imprevisto ocorre na vida de todos. Seja um caso de doença ou um carro sem seguro que foi roubado. Todos precisamos ter um cofre de emergência com no mínimo 6 meses do custo de vida aplicado em um investimento com liquidez e sem volatilidade. A partir deste primeiro objetivo, precisamos separar o dinheiro da nossa previdência todos os meses, desde os 18 anos. A disciplina é o item mais importante da educação financeira. Mais importante até mesmo que o valor guardado”, finaliza Gueratto.
Sobre 1Bilhão Educação Financeira
O Canal 1Bilhão Educação Financeira leva educação financeira em uma linguagem simples, resumida e disruptiva, para que o investidor aprenda a acumular riquezas, preservar o poder de compra e aumentar a sua rentabilidade com investimentos com alta expectativa de retorno. Fundado pelo jornalista, escritor e palestrante Fabrizio Gueratto, eleito em 2018 com um dos mil paulistanos mais influentes e que atua a mais de 12 anos no mercado informações financeiras. O canal tem como o slogan “investimento não é cassino” e foca em desconstruir na cabeça do brasileiro a ideia de que é preciso acertar sempre o investimento da moda. O planejamento patrimonial de qualquer pessoa, independente da sua classe social deve começar ainda na infância e continuar até o final da vida. Além disso, o conteúdo também revela as pegadinhas que existem dentro do mercado financeiro e como desviar delas.