A mineradora Vale (VALE3) informou que o conselho de administração da companhia aprovou a reeleição do diretor-presidente Eduardo da Silva Bartolomeu e dos demais membros da diretoria-executiva, que terão mandatos de três anos.
Em paralelo, a empresa informou que seu diretor jurídico, Alexandre D´Ambrosio, passará à posição de diretor executivo jurídico, enquanto a diretora de pessoas Marina Barrenne Quental também passará a ser diretora executiva. A Vale ainda elegeu Maria Luiza de Oliveira Pinto e Paiva como diretora executiva de sustentabilidade.
A Vale disse que o mandato da diretoria executiva foi alterado para três anos após mudanças estatutárias aprovadas em assembleia em 12 de março, “visando conferir maior estabilidade à administração”, segundo comunicado na manhã desta terça-feira.
VALE
Donos de títulos de dívida da Vale (VALE3) estão inconformados com a ausência de uma contrapartida para ceder à mineradora o direito de recompra de papéis sem prazo de vencimento. As debêntures, perpétuas e remuneradas por receitas de minério de ferro, foram emitidas na época da privatização da companhia, em 1997.
De acordo com o Estadão, além da mineradora, os debenturistas também cobram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) uma posição. Afinal, o banco de fomento (ao lado da União) tem 55% das debêntures e, portanto, o voto de Minerva na assembleia de sexta-feira, dia 19, quando será discutido o tema. O direito de recompra não estava previsto na escritura dos papéis e, para a inclusão, é praxe que haja algum prêmio de compensação, muitas vezes em dinheiro.
Vale
Conforme o jornal, os debenturistas minoritários, porém, estão de mãos amarradas. Jorge Junqueira, responsável pela área de análise de crédito da Gauss Capital, que tem desses papéis nas carteiras que administra, diz que o fato de a Vale não ter a alternativa de recompra era uma das condições previstas para tornar mais atraente a venda dos papéis, no processo de privatização.
Parte interessadíssima. Para Junqueira, a exigência do prêmio deveria partir do próprio BNDES. “Essa recompra vai gerar valor ao acionista da Vale e o BNDES está abrindo mão de uma contrapartida, enquanto deveria zelar pelo dinheiro do contribuinte”, diz Ulisses de Oliveira, gestor da Quasar Asset Management, outra debenturista.
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