A administradora de planos de saúde Qualicorp (QUAL3) é citada em investigação da Polícia Federal (PF) que apura o pagamento de propinas a servidores da Receita e suposta lavagem de dinheiro com o objetivo de reduzir o pagamento de tributos.
A sede da empresa foi alvo de buscas na manhã desta quinta-feira durante a Operação Triunfo, que apura fraudes de cerca de R$ 980 milhões e é um desdobramento da delação premiada do fundador da CVC, Guilherme Jesus Paulus.
Segundo o Valor Econômico, a Qualicorp teria se valido do suposto esquema e pagado propina a fiscais durante período em que foi gerida pelo empresário José Seripieri Filho, fundador da administradora.
Receita federal
Conforme o jornal, após fiscalizações realizadas pela Receita Federal, para confirmar a simulação de serviços, surgiram indícios de que uma das empresas do grupo Qualicorp teria realizado pagamento de R$ 26 milhões entre 2016 e 2017 por serviços de corretagem de planos de saúde que não foram efetivamente prestados por falta de capacidade técnica de uma firma contratada, de acordo com os autos da investigação.
Segundo a PF, esses valores foram encaminhados para empresas de fachada controladas por doleiros e parte dos recursos foi remetida ao exterior.
A operação
A Operação Triunfo foi deflagrada na manhã desta quinta-feira como desdobramento da Operação Descarte, com o objetivo de obter provas adicionais e identificar outros autores de supostos ilícitos de corrupção, associação criminosa, sonegação tributária, embaraço à investigação e ainda lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Foram cumpridos 14 mandados de busca em São Paulo, Barueri, Santo André e no Rio de Janeiro.
Em julho, o empresário Seripieri chegou a ser preso temporariamente pela Justiça Eleitoral de São Paulo por suspeita de fazer doações eleitorais de R$ 5 milhões em caixa dois à campanha de José Serra (PSDB) ao Senado em 2014.
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