Produção Industrial varia 0,4% em agosto

No ano o acumulado o recuo de 0,3% frente a igual período de 2022

A Produção Industrial varia 0,4% em agosto e elimina parte da queda de 0,6% no mês anterior. Na comparação com agosto de 2022, a produção nacional subiu 0,5%, depois da queda de 1,1% em julho, quando interrompeu dois meses consecutivos de taxas positivas: 0,2% (junho) e 1,9% (maio). No ano, o acumulado o recuo de 0,3% frente a igual período de 2022.

Os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje (03) pelo IBGE, mostram também que no acumulado dos últimos 12 meses, o resultado é variação negativa de 0,1%, após registrar variação nula nos meses de julho, junho e maio.

André Macedo, analista da pesquisa, afirma que o setor industrial permanece operando em um quadro de “perde e ganha”, girando em torno do mesmo patamar. “Note que, no acumulado dos últimos 12 meses, foram três meses de variação nula. E mesmo com o recuo atual, de 0,1%, ainda está próximo de zero”, exemplifica.

Para o pesquisador, o cenário atual da indústria pode ser explicado pela política monetária de caráter mais restritivo, a despeito de movimentos que já são feitos na redução da taxa de juros. “Porém, ainda temos um patamar elevado dos juros, o que afeta as decisões de consumo e também de investimentos”, explica Macedo.

Em agosto, a produção industrial ficou 1,8% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e está 18,3% menor que o ponto mais elevado da série histórica, de maio de 2011.

A PIM para agosto mostra, ainda, um perfil disseminado de taxas positivas, já que mostraram expansão na produção três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 25 ramos industriais pesquisados.

As principais influências positivas entre as atividades foram: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (18,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (5,2%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (16,6%).

Em agosto, o resultado da indústria farmacêutica mostra que o setor intensifica a expansão de 9,3% registrada em julho, com ganho acumulado de 29,6% neste período. “É uma atividade caracterizada pela volatilidade maior dentro da série. E essas altas também têm relação com a base de comparação depreciada anterior”, ressalta o analista, lembrando que o setor farmacêutico teve três meses (abril, maio e junho) de taxas negativas, com uma perda acumulada de 18,1% no período.

Já as outras duas atividades voltam a mostrar crescimento depois de recuo nos últimos meses. Em junho-julho, a perda acumulada foi de 9,7% para a indústria de veículos e de 18,4% para a de equipamentos informática e eletrônicos. Ou seja, seguem uma lógica parecida com a farmacêutica: “Cresce muito em função dos recuos anteriores, partindo de uma base mais baixa de comparação”, diz Macedo. “Exemplifica um pouco do perde-e-ganha que vem se mostrando a indústria nacional”, conclui.

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