Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), afirma que criar regras para o uso do Bitcoin ou outra criptomoeda não é interessante para o país.
Para o mesmo, a lógica do dinheiro criptografado é justamente seu sistema descentralizado. Além disso, os reguladores devem ficar atentos ao network em volta das criptomoedas, pois ele pode melhorar o sistema financeiro.
Ao contrário do Brasil, que pretende não tomar nenhuma medidas drásticas contra o Bitcoin, a China repreende duramente o uso da moeda.
Economia de dados
De acordo com Campos Neto, no futuro vai haver um sistema de economia de dados, onde haverá compartilhamento de informações entre instituições, como no Open Banking. Dessa forma, transformando o sistema econômico atual.
Para o sucesso do processo, é imprescindível o uso da tecnologia do dinheiro criptografado. Porém, isso precisa ser seguido pelos reguladores.
“Estamos caminhando para algo descentralizado, mais digital e com maior divisibilidade, mas a regulação tem que acompanhar isso”, afirmou.
O atual presidente do Banco Central citou, para exemplificar sua tese, a integração do Open Banking em big techs, assim como as instituições de mídias sociais, para acessar os dados bancários e entrarem no mundo financeiro. Por outro lado, eles tornam difícil o acesso das instituições ao seu próprio banco de dados.
Necessidade de regulamentar as criptomoedas
No Congresso Nacional, existem inúmeros projetos com a intenção de criar certas regras no uso indevido de criptomoedas. Tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, há cerca de seis propostas apresentadas para o regimento da circulação de Bitcoin no Brasil.
A regulamentação foi levantada pelo governo como necessidade. Afinal, além de possíveis golpes com moedas digitais, parlamentares desacreditam que esse dinheiro seja vantajoso para a população.
Entretanto, o Banco Central liberou diretrizes sobre o novo real digital recentemente, comparando a legalidade dele com as criptomoedas.