O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), que entrou em operação plena na última segunda-feira (16), representa uma redução expressiva nos custos financeiros de pessoas e empresas.
A afirmação é do vice-presidente da Linx Pay Hub, Denis Piovezan, para quem à medida que se evolui tecnologicamente, todo o entorno tende a seguir a mesma direção.
“Em todo o Brasil, o Pix, tem dominado as conversas. Seja dos consumidores que começam a conhecer um novo jeito de pagar e transferir, seja do varejo que começa a preparar suas soluções para aceitar a nova modalidade”, disse.
Experiência inovadora e abrangente
De acordo com Piovezan, o Pix estimula uma experiência inovadora e abrangente para os usuários e faz parte da evolução da indústria de pagamentos – algo que empresas já investem há alguns anos.
“Entretanto, para o varejo, além da segurança e agilidade nas operações, existem outras vantagens como conveniência, disponibilidade e informações agregadas”, elencou.
Impacto
Assim, destacou, com a redução nos custos financeiros, haverá impacto positivo no consumo e no crédito. “O capital de giro do varejista também será acompanhado mais de perto, já que não será necessário aguardar compensações financeiras nos dias posteriores, um alívio para o fluxo de caixa”, frisou.
Conforme o executivo, para que tudo isso funcione será utilizada a chave Pix (número de telefone celular, e-mail, CPF ou CNPJ), QR Code ou tecnologia de troca de informações por aproximação.
“O melhor de tudo é que muitas empresas que fornecem tecnologia, produtos e serviços para o varejo já se adaptaram a essa nova demanda e criaram opções. É imprescindível, por exemplo, seguir oferecendo soluções de QR, mas incrementá-las, provendo serviços para iniciação de pagamento e conta transacional de forma integrada à automação dos clientes desde a captura, liquidação e conciliação”, ressaltou.
Exterior
Segundo Piovezan, em outros países como Reino Unido e Índia, que adotaram sistemas análogos, o movimento observado primordialmente foi o de substituição às transferências bancárias DOC e TED, sendo o varejo impactado apenas na segunda onda.
“No Brasil, ainda não é possível prever qual parcela do mercado será atingida primeiro, mas sabe-se que, com os cartões de crédito e pagamento por QR Code bem estabelecidos, a substituição ao dinheiro físico pode ser acelerada. Por isso, o varejista que não estiver preparado poderá perder essa janela de oportunidade”, disse.
Ressignificação
Conforme o especialista, o processo de ressignificação do setor representa um grande passo para o sistema financeiro nacional. “É certo que um país de proporções continentais como o Brasil, com espectros sociais e financeiros distintos, poderá passar por etapas espaçadas para atingir uma implementação homogênea – basta lembrar que existe uma enorme parcela da população desbancarizada ainda”. Frisou.
E concluiu: “porém, é certo que um novo mercado já começará a surgir desta movimentação, e apenas quem for resiliente, acompanhar e investir em soluções de ponta, usufruirá dos benefícios. Caberá às empresas envolvidas o movimento rápido e preciso para disputar a liderança e conquistar destaque e confiança perante os clientes.”
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