Os temores pelo preço do petróleo no mercado internacional são cada vez mais reais, o que pode fazer com que a gasolina fique cada vez mais cara aqui no Brasil – ou que a Petrobras tenha resultado financeiro cada vez pior para sustentar o preço atual, o que é um dos temores do mercado para a estatal. O JP Morgan ressalta que a commodity Brent pode bater US$ 185, o maior preço desde a crise de 2008 caso as interrupções de compra continuem ao longo do ano.
Embora a União Europeia e os Estados Unidos não tenham imposto nenhuma sanção ao setor de energia russo – inclusive deixando os bancos que fazem parte do sistema de pagamento por gás natural dentro do Swift – , o setor está com bastante dificuldade de vender. 66% do petróleo russo está enfrentando problemas na hora de encontrar compradores.
Tanto que há nove cargueiros, cada um com 100 toneladas de petróleo, sem conseguir comprador essa semana. E o preço do petróleo russo, o benchmark Urals, tem desconto de US$ 20 frente o resto do mundo. Sem a entrada do Irã no mercado global com a derrubada das sanções impostas devido ao programa nuclear, o petróleo continuará pressionado e pode bater os US$ 185 por barril.
Mas há três formas de atenuar essa pressão: a primeira é um aumento de produção iraniano com o acordo, enquanto os países da OPEP também podem aumentar sua produção – e é mais provável que eles não deverão fazer isso. A terceira possibilidade é uma liberação maior das reservas estratégicas de petróleo – até agora a Agência Internacional de Energia só liberou 60 milhões de barris, o equivalente a duas semanas de produção russa.
O mais provável, de acordo com o JP Morgan é uma queda ao longo os próximos trimestres – em curto prazo, o petróleo bate US$ 120 por barril, termina o primeiro trimestre com um preço médio de US$ 110, de US$ 100 no segundo e termina o ano com um preço médio de US$ 90 no último. Ou seja, a pressão altista da gasolina deverá ser só no curto prazo, a fase aguda do mercado.
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