Petrobras (PETR4) vê queda na produção total em 5,1% no 2T22

Produção operada no pré-sal recuou 3,55 MMboed no 2T22

A Petrobras (PETR4 e PETR3) apresentou, na noite desta quinta-feira, o resultado de produção e vendas do segundo trimestre de 2022.

A petroleira brasileira  produziu a média de óleo, LGN e gás natural alcançou 2,65 MMboed, 5,1% abaixo do 1T22. Este resultado se deu, principalmente, em razão do início da vigência do Contrato de Partilha de Produção dos Volumes do Excedente da Cessão Onerosa de Atapu e Sépia, em 2 de maio. Além da redução de participação da Petrobras nestes campos, com o maior número de paradas para manutenções e intervenções nas plataformas do pré-sal e do pós-sal. Esse efeitos foram parcialmente compensados pelo início de produção do FPSO Guanabara (campo de Mero) e pela continuidade dos ramp-ups dos FPSOs Carioca (campo de Sépia) e P-68 (campos de Berbigão e Sururu), localizados no pré-sal da Bacia de Santos.

De acordo com o comunicado, esses efeitos já estavam previstos em nosso planejamento e não impactaram nosso guidance de produção para 2022, de 2,6 MMboed, com variação de 4% para mais ou para menos.

Pré-sal e a Produção

A produção total no pré-sal foi de 1,94 MMboed, representando 73% da produção total da Petrobras. A produção total operada pela Petrobras, por sua vez, atingiu 3,55 MMboed no 2T22, 2,9% abaixo do 1T22, principalmente devido ao maior número de perdas com paradas para manutenções e intervenções nas plataformas do pré-sal e do pós-sal, atenuado pelo ramp-up das unidades P-68, FPSO Carioca e início da operação do FPSO Guanabara, no campo de Mero. Os destaques do 2T22 foram:
Continuidade dos ramp-ups dos FPSOs Carioca e P-68

O FPSO Carioca, cuja capacidade de processamento de óleo é de até 180 mil bpd e 6 milhões de m3/d de gás, alcançou média de produção operada de 155 mil bpd no trimestre e a P-68 atingiu a capacidade plena de produção em 21 de junho, o que permitiu à unidade alcançar 152 mil bpd, confirmando o bom desempenho dos poços e das plataformas.

Início de operação do FPSO Guanabara, em 30 de abril

O FPSO, cuja capacidade de processamento é de até 180 mil bpd de óleo e 12 milhões de m3/d de gás, teve seu primeiro offloading (alívio) de óleo em 31 de maio, com volume de 500 mil barris.

Em 10 de maio, ocorreu a conclusão da venda da participação do Polo Recôncavo, localizado no estado da Bahia, para a 3R Candeias S.A., anteriormente denominada Ouro Preto Energia Onshore S.A., subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A.

Este polo compreende quatorze campos terrestres, cuja produção média conjunta, de janeiro a abril de 2022, foi de, aproximadamente, 1,3 mil bpd de óleo e 444 mil m³/dia de gás natural.

Saída do FPSO Anna Nery do estaleiro na China com destino ao Brasil

A plataforma, que terá capacidade de produzir 70 mil barris de óleo por dia, deixou o estaleiro Cosco Qidong (China) no dia 8 de julho, com destino à cidade de Angra dos Reis – RJ para finalização do comissionamento e dos testes de aceitação preliminar. Essa unidade e o FPSO Anita Garibaldi fazem parte do Projeto de Revitalização de Marlim e Voador, na Bacia de Campos. As 2 plataformas irão substituir 9 Unidades Estacionárias de Produção (UEPs) nestes campos, incluindo as atualmente em operação (P-18, P-19, P-20 e P-47) e aquelas que já estão na fase de descomissionamento ( P-26, P-32, P-33, P-35, P-37).

Após a conclusão das paradas programadas de manutenção da REVAP e da REDUC, atingimos no final de junho o FUT de 97%, com destaque para a REPLAN, a maior refinaria do país, que possui capacidade de processar cerca de 20% da carga do parque de refino. Esse desempenho permitiu maior produção, com rendimento de diesel, gasolina e QAV de 67% no 2T22, em linha com o 1T22, aproveitando condições favoráveis de mercado, respeitando os requisitos de segurança, de meio ambiente e qualidade dos derivados produzidos e considerando o foco em geração de valor. Em se tratando de diesel e gasolina, alcançamos 62% de yield no 2T22, acima da média de 60% dos últimos 3 anos.

Para o 3T22 temos previsão de paradas programadas de manutenção, com destaque para os HDT e HDS da REGAP, Destilação e Coque da REPLAN e Destilação da REPAR, que ocorrerá majoritariamente no 4T22.

O volume de vendas de derivados no 2T22 teve aumento de 1,0% em relação ao 1T22 e o volume de produção foi 2,6% maior em relação ao mesmo período.

A produção de diesel S-10 no 2T22 ficou no mesmo patamar do 1T22, com uma participação de 55% desse grade sobre a produção de diesel total. Na comparação com o 1S21, o rendimento foi maior em 6 p.p., refletindo a orientação estratégica para aumento da participação de produtos mais limpos no perfil de produção.

Exportações

Em junho teve início a exportação de coque verde de petróleo da RNEST para a China, com destino ao mercado internacional de fabricação de alumínio.

No Biorefino, em abril foi realizado teste de produção de bioquerosene de aviação (BioQAV) por coprocessamento de óleos vegetais na REPAR com teor de renovável de até 1% na mistura, destacando a Petrobras como uma das primeiras empresas da América Latina a realizar esse teste. O teste de produção é a primeira fase do programa, que antecede os testes comerciais, e esta entrega mostra o quanto é possível conciliar sustentabilidade ambiental com geração de valor, utilizando a tecnologia para buscar contribuir na redução das emissões de carbono do setor aéreo.

No 2T22, houve redução do despacho termelétrico a gás natural em relação ao 1T22, possibilitando a redução em 57% das emissões totais do nosso parque termelétrico, resultado da continuidade na melhora das condições hidrológicas com recuperação dos níveis dos reservatórios e superação dos efeitos da crise hídrica ao longo de 2021.

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