Petrobras (PETR4) tem ex-funcionários processados pelo MPF; Maersk também

Os procuradores dizem ter evidências de que executivo da Maersk teria acertado comissões equivalentes a R$ 44,3 milhões entre 2006 e 2014.

O Ministério Público Federal no Paraná ajuizou ação civil de improbidade administrativa contra a dinamarquesa Maersk, representantes da empresa e ex-funcionários da Petrobras (PETR4) por acusações de desvios decorrentes de achados da Operação Lava Jato.

Os procuradores disseram em nota na sexta-feira (11) ter evidências de que executivo da Maersk teria acertado comissões equivalentes a R$ 44,3 milhões entre 2006 e 2014 por contratos de afretamento com a Petrobras.

Petrobras (PETR4): justiça extingue ação de hipoteca judiciária da Previ
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PETR4: a ação

De acordo com a ação, parte dos recursos teria sido direcionada em troca de vantagens ao ex-diretor da estatal brasileira Paulo Roberto Costa, que foi diretor de Abastecimento e forneceu informações aos investigadores.

A Petrobras e a Maersk não responderam de imediato a pedidos de comentário. Não foi possível contatar de imediato as pessoas citadas na ação ou seus advogados.

O MPF

O MPF disse que os desvios envolveram contratos por navios e que as empresas Maersk Supply Service Apoio Marítimo, A.P. Moller Maersk e LR2 Management, todas do mesmo grupo econômico da dinamarquesa, também são alvos da ação.

Os procuradores pediram à Justiça a indisponibilidade de bens no valor de aproximadamente R$ 1 bilhão para ressarcimentos, multas e reparações, além de sanções como a proibição de as empresas fecharem contratos com o Poder Público.

Cessão onerosa

Petrobras e o governo vivem um novo embate sobre campos de petróleo gigantescos localizados na Bacia de Santos, no litoral do Rio. A estatal e a União voltaram a discutir termos do acordo chamado tecnicamente de cessão onerosa, que trata da exploração do pré-sal na região, mesmo depois da empresa já ter recebido R$ 34,4 bilhões do governo pela revisão desse contrato.

Há um ano, o governo fez um megaleilão de petróleo no qual só conseguiu vender dois dos quatro blocos de petróleo que fazem parte desse acordo. A discussão de agora ocorre por causa dos outros dois blocos que o governo tentará leiloar no próximo ano.

Veja PETR4 na Bolsa:

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