A Petrobras (PETR4) terá sua reunião do conselho de administração realizada nesta terça-feira (23) e os executivos deverão definir o destino da petroleira nesse encontro.
Isso porque eles devem decidir acerca da indicação do general Joaquim Silva e Luna para presidir a companhia no lugar do atual CEO Roberto Castello Branco, cujo mandato termina em 20 de março deste ano.
Petrobras: o general
O general é o nome do presidente da República, Jair Bolsonaro, que nos últimos dias se irritou com os aumentos constantes promovidos pela atual direção da Petrobras referentes a combustíveis e gás e, por isso, resolvei intervir.
Por conta desse posicionamento o próprio presidente se colocou em meio a uma queda de braço: de um lado a sociedade reclamando do alto custo dos produtos cujo aumento parte da estatal, que encarece os insumos e isso se reflete na ponta, que é onde está o consumidor.
Petrobras: o mercado
Do outro lado o mercado financeiro sutilmente acusa Bolsonaro de ingerência e tenta, assim, dissuadi-lo de intervir na petroleira.
No fechamento do mercado, ontem, as ações da Petrobras despencaram e, por conta disso, o Ibovespa derreteu. A companhia perdeu R$ 74 bilhões em valor de mercado e o índice da bolsa recuou quase 5%.
O conselho
O conselho de administração da Petrobras é formado por 11 membros. Caso o nome do general seja rejeitado, o mercado estima que o presidente se posicione juridicamente.
Segundo o Estadão, os conselheiros, por sua vez, também estão presos a compromissos e correm o risco de serem responsabilizados na pessoa física pelo voto. Isso vale, inclusive, para uma decisão favorável à indicação de Bolsonaro.
O imbróglio é tão profundo que espera-se que a reunião não termine hoje.
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