O avanço das contaminações por Covid-19 nas plataformas de petróleo fez a Petrobras (PETR4) alterar temporariamente a escala dos empregados que trabalham embarcados em unidades marítimas. A medida visa fortalecer os cuidados com a saúde dos colaboradores em um momento crítico da pandemia.
Desde o início da doença, a empresa registra mais de 6 mil empregados contaminados, de um total de 46.416, sendo 5.667 já recuperados e 20 óbitos.
Petrobras
Segundo a companhia, a nova escala passa a ser de 21×28 + 21×35 dias, ou seja, dois embarques de 21 dias seguidos, respectivamente, por períodos de folga de 28 e de 35 dias. Essa escala será adotada temporariamente por um ciclo de 105 dias.
“Nesse período, o empregado fará dois embarques em vez de três, reduzindo em pelo menos 30% o fluxo de pessoas em deslocamento em aeroportos e rodoviárias”, informou a Petrobras em nota.
A empresa
A empresa explica que após o período de embarque, o empregado ficará mais dias em casa, o que também favorece o distanciamento social. “Além disso, estão sendo priorizados os serviços essenciais a bordo e está sendo reduzido o pessoal embarcado (POB) em todas as unidades offshore. A Petrobras recomendou que as empresas terceirizadas adotem medidas similares”, disse a estatal.
Essa é a segunda vez na pandemia em que a Petrobras adota a escala especial. A primeira foi há cerca de um ano, em março do ano passado.
Covid-19
O Brasil superou a marca de 13 milhões de casos de Covid e registrou 1.623 mortes pela doença nas últimas 24 horas, totalizando na segunda-feira (5) 333.153 vítimas. Com isso, a média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias ficou em 2.698. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +15%, indicando tendência de estabilidade nos óbitos pela doença.
Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta segunda. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
A estabilidade nos óbitos vem após 35 dias com essa tendência em alta. Não é seguro, no entanto, assumir que o país está vendo uma desaceleração na alta de mortes, já que os registros costumam ser menores durante e logo após um feriado como o do último final de semana estendido. Isso ocorre devido a equipes reduzidas de plantão trabalhando na inclusão dos registros. É importante verificar se os próximos dias apresentarão dados represados.
Já são 75 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de mil; o país completa agora 20 dias com essa média acima dos 2 mil mortos por dia; e é o décimo dia com a média acima da marca de 2,5 mil.
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