A Oi (OIBR3, OIBR4) iniciou nesta quarta-feira (7) um projeto piloto de rede comercial 5G em Brasília (DF). A rede da companhia abrange 80% da cidade, uma área de 460 Km², e não usa o padrão DSS, segundo Bernardo Winik, vice-presidente de Clientes da operadora.
“Essa á uma diferença importante para as redes das concorrentes. Fizemos o refarming do espectro de 2,1 GHz e destinamos 10 MHz exclusivamente para a 5G. Não tem nada de DSS. Quem tiver o smartphone vai usar 5G, e não vai haver qualquer impacto sobre quem tiver 3G ou quem tiver 4G”, afirmou.
A tecnologia
Segundo o portal especializado Tele Síntese, a tecnologia DSS está sendo usada pela operadora concorrentes em pilotos Brasil afora. Nela, o espectro é usado ora para entrega do sinal 5G, ora para entrega em 4G, conforme a demanda.
Com a destinação exclusiva, diz Winik, o desempenho da rede é melhor. Ele afirma que os testes até o momento resultaram em velocidade de pico de 500 Mbps e latência próxima de zero.
Núcleo
O executivo diz que a rede funciona sobre núcleo 4,5 G. E que não foi preciso instalar nenhum novo site.
A operadora reutilizou todos os 300 sites que possui na capital federal. A fornecedora da tecnologia é a Huawei. Winik conta que a Oi prepara ainda o lançamento de 5G em outras cidades, com “outro fornecedor”.
O Plano Piloto (Asa Sul, Asa Norte, Lago Sul, Lago Norte, incluindo a praça dos Três Poderes e Esplanada dos Ministérios), foi todo coberto, além dos Setores Administrativos (Cruzeiro, Sudoeste, Gama, Planaltina, Guará, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Recanto das Emas, Samambaia, Ceilândia, Sobradinho, São Sebastião, Riacho Fundo e Santa Maria).
Brasília
Ele conta que Brasília, como outras capitais, é estratégica para a operadora. Mas acabou sendo escolhida para o piloto por coincidir com o momento em que a empresa iniciou o refarming das frequências 5G usadas localmente.
Segundo Winik, os planos de dados vendidos hoje em dia pela Oi já deve dar conta de atender o consumo de dados esperado do consumidor 5G, mesmo que a velocidade de navegação seja muito mais rápida.
“Achamos que o hábito de consumo de dados muda, mas não radicalmente. Atualmente, poucos consumidores consomem toda a franquia dos planos com mais dados”, contou.
O único aparelho do mercado compatível com 5G no país é o Motorola Edge, que custa R$ 5,5 mil nas lojas da tele. A empresa vai dar um desconto de R$ 1,2 mil no aparelho caso o comprador seja também assinante do plano pós-pago Oi com 100 GB de franquia de dados. Este plano sai por de R$ 129,90 ao mês e, segundo a empresa, será comercializado dessa maneira apenas até 26 de outubro.
OIBR3: Banda Larga Fixa
Inicialmente, a rede será usada pelos donos de aparelhos Motorola Edge que tenham chip da Oi Móvel.
Não é preciso trocar de SIM Card nem alterar o plano assinado. No futuro, em data não revelada, a empresa vai comercializar também banda larga fixa via 5G, conhecida por FWA. “Estamos homologando alguns aparelhos para isso”, antecipa Winik.
OIBR3: a ideia
A ideia, contou, é fornecer ultra banda larga fixa pelo 5G a clientes onde a fibra da Oi ainda não chega na cidade de Brasília.
O executivo frisa a palavra “ainda”, uma vez que a empresa tem um planos agressivo de expansão da fibra. “À medida que formos avançando com o Oi Fibra, fazemos o remanejamento”, falou.
Ele contou também que o FWA prevê um modelo de negócio em que a oferta é idêntica à de banda larga por fibra: velocidades de acesso de centenas de gigabits por segundo, com o mesmo preço, e sem limite de franquia de dados.
“Quando lançaremos? Não sei porque a homologação de aparelhos não tem data para ser concluída”, disse.
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