As vendas no varejo avançaram 0,1% em abril no conceito restrito, abaixo da nossa expectativa (0,3%) e da mediana do mercado (0,2%). Na leitura ampliada, a PMC registrou queda de 1,6%, interrompendo uma sequência de quatro altas consecutivas e melhor do que nossa estimativa (-1,8%) e da mediana do mercado (-2,2%).
Na comparação anual, as vendas no varejo avançaram 0,5% no conceito restrito e 3,1% no ampliado, ambas desacelerando em relação a divulgação anterior.
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As vendas no varejo avançaram 0,1% em abril no conceito restrito, abaixo da nossa expectativa (0,3%) e da mediana do mercado (0,2%). Na leitura ampliada, a PMC registrou queda de 1,6%, interrompendo uma sequência de quatro altas consecutivas e melhor do que nossa estimativa (-1,8%) e da mediana do mercado (-2,2%). Na
comparação anual, as vendas no varejo avançaram 0,5% no conceito restrito e 3,1% no ampliado, ambas desacelerando em relação a divulgação anterior. Com esse resultado, as vendas no varejo restrito se encontram 4,4% acima do patamar pré-pandemia, enquanto a leitura ampliada registrou alta de 3,7% em relação ao patamar de fevereiro de 2020.
Em relação ao conceito restrito, apesar do headline positivo, apenas três das oito atividades pesquisadas registraram alta no mês, com destaque positivo para hipermercados (3,2%) e livros, jornais e revistas (1,0%). As vendas de artigos farmacêuticos (0,3%) também registraram avanço no período. Por outro lado, note-se queda em equipamentos e materiais para escritório (-7,2%), tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), combustíveis e lubrificantes (-1,9%), outros artigos de uso pessoal (-1,4%) e móveis e eletrodomésticos (-0,5%). Em relação ao conceito ampliado, note-se queda de 5,9% nas vendas de veículos e recuo de 0,8% em materiais de construção.
Na comparação anual, cinco das oito atividades da pesquisa recuaram em abril. Destaque positivo para a alta de 8,7% nas vendas de combustíveis e lubrificantes, além do aumento de 3,1% em hipermercados. Artigos farmacêuticos (3,0%) completam a lista das categorias que registraram crescimento. Pelo lado negativo, destaca-se as quedas de 11,0% em tecidos, vestuário e calçados, além do recuo de 18,0% em outros artigos de uso
pessoal. Equipamento e materiais para escritório (-5,8%), livros, jornais e revistas (-5,7%) e móveis e eletrodomésticos (-2,4%) também apresentaram queda em abril na comparação anual. No conceito ampliado, observa-se queda tanto nas vendas de veículos (-1,9%) quanto de materiais de construção (-7,6%). Vendas no atacado de produtos alimentícios apresentou alta de 14,5%.
A divulgação reforça uma desaceleração na atividade econômica de setores mais sensíveis ao ciclo de juros.
Apesar do desempenho positivo na comparação anual, note-se arrefecimento em relação ao divulgado no mês anterior. Por outro lado, o desempenho ainda positivo no conceito restrito sinaliza que o arrefecimento da economia vem ocorrendo de forma lenta e gradual, em parte, impulsionado pela expansão fiscal implementada desde meados do ano passado, além do mercado de trabalho ainda aquecido. Prospectivamente, a piora nas condições de crédito com o aumento da inadimplência devem impactar negativamente o setor.
*Rafael Rondinelli é economista no Modal
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