Mercado de capitais ultrapassa a marca de R$ 300 bi em emissões no ano, diz Anbima

No ano, o volume acumulado, de R$ 305 bilhões.

As emissões das empresas brasileiras no mercado de capitais alcançaram R$ 25,8 bilhões em novembro, o que corresponde a uma redução de 34,9% em relação a outubro.

No ano, o volume acumulado, de R$ 305 bilhões, fica 19,8% abaixo do mesmo período do ano passado, mas já supera os resultados totais de 2018 e 2017.

De acordo com a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), até o encerramento de 2020 o montante ainda pode subir, pois há ofertas registradas com volumes esperados de R$ 11,4 bilhões (em andamento) e de R$ 6,4 bilhões (em análise, sem considerar as ofertas de ações).

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Mercado: novembro

Em novembro, as captações por instrumentos de renda variável atingiram R$ 6,7 bilhões: os IPOs (ofertas iniciais) captaram R$ 6,1 bilhões (contra R$ 10 bilhões em outubro) enquanto os follow-ons (ofertas subsequentes) somaram R$ 598 milhões (contra R$ 13,3 bilhões do mês anterior).

No ano, as ofertas de ações estão em alta e chegam a R$ 99,3 bilhões, o maior volume desde 2010, quando a Petrobras fez uma emissão de R$ 120,2 bilhões. “Mesmo com a pandemia de Covid-19, o mercado de renda variável continuou aquecido, primeiro com os follow-ons e, a partir do segundo semestre, com a retomada dos IPOs”, afirma José Eduardo Laloni, vice-presidente da ANBIMA.

Debêntures

As debêntures levantaram R$ 8,7 bilhões em novembro, 15,4% abaixo de outubro. No ano, esses papéis acumulam R$ 93,5 bilhões, volume inferior aos R$ 166,8 bilhões do período anterior. A maior parte dos recursos foi destinada à manutenção do capital de giro (36,7%) e ao refinanciamento de passivo (31,2%, incluindo a recompra ou resgate de debêntures de emissões anteriores).

“Este ano tivemos uma série de desafios ligados à pandemia e seus impactos na atividade econômica, e as emissões de debêntures refletem, em alguma medida, o ambiente de incertezas do cenário econômico”, diz Laloni.

Fundos

Os fundos imobiliários, produtos híbridos entre renda fixa e variável, foram um dos poucos instrumentos que registraram em novembro volume superior ao mês anterior, com R$ 4,7 bilhões (50,7% acima de outubro). No ano, os FIIs já acumulam R$ 37,6 bilhões contra R$ 34,4 bilhões do mesmo período de 2019, o que correspondente a um aumento de 9,2%.

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