A fundadora e presidente do conselho de administração do Magazine Luiza (MGLU3), Luiza Helena Trajano, recentemente veio a público e afirmou que a situação da varejista não anda como o esperado.
Isso porque, de acordo com ela, a alta da inflação (9,68% no acumulado de 12 meses) e da taxa básica de juros, a Selic (6, 25% ao ano), só dificultam os negócios em território nacional.
“O problema é o juro alto e a falta de confiança. A falta de confiança leva ao aumento da inflação, que leva à alta de juro e isso afeta toda a cadeia de varejo“, afirmou Trajano
Entenda como essa alta de juros e inflação pode prejudicar as ações da Magazine Luiza e de outras varejistas do país.
Cenário preocupante
As varejistas do país alcançaram um lugar de favoritismo dentro do mercado de ações. Principalmente em meio a pandemia, que tornou o mercado um lugar extremamente fértil para negócios baseados em e-commerce.
Entretanto, atualmente, essas empresas estão experimentando o amargor do cenário econômico brasileiro. Só em 2021, as ações do Magazine Luiza e da Via (VIIA3) recuaram cerca de 36% e 19%
Na prática, isso se mostra bem claro ao olharmos a cotação das ações das duas varejistas. O ativo da Via, que havia alcançado um valor superior a R$ 10 este ano, atualmente caiu para a casa dos R$ 8.
Dessa forma, o mesmo aconteceu com o Magazine Luiza, que chegou a ter seus ativos valendo R$ 25, mas hoje sua cotação está no valor de R$ 15,36.
E agora? Ainda vale a pena investir nessas ações?
Em meio às quedas e ao cenário atual no Brasil, a pergunta que fica para alguns investidores é: vale a pena comprar estas ações?
Dessa forma, é importante lembrar que o setor do e-commerce passa por uma competição acirrada, tanto de competidores brasileiros quanto de estrangeiras, como é o caso do Mercado Livre (MELI34), Amazon (AMZO34), Alibaba (BABA34) e Shopee.
Mesmo levando em consideração esses aspectos, para a maior parte dos especialistas, ainda vale a pena investir e aproveitar a baixa dessas ações. Entretanto, a inflação ainda é um assunto que deve ser acompanhado de perto.
Em suma, o investidor deve ter uma estratégia acima de tudo, levando em consideração que não se deixa um barco em seus primeiros sinais de problema, pois, isso não necessariamente significa que ele vai afundar.