IRB (IRBR3) diz que não há mais ajustes no balanço; investigações acabaram

O IRB Brasil (IRBR3) informou que os ajustes no balanço foram encerrados, e também que as investigações de fraudes foram concluídas.

A companhia reportou prejuízo de R$ 685,1 milhões no segundo trimestre de 2020, entretanto, seus gestores asseguram que o IRB tem “alto nível de solvência”.

Os ajustes no balanço se fizeram necessário por conta de maquiagem nas contas da empresa, originárias de fraudes por parte de ex-executivos, referentes a 2018 e 2019.

CEO e presidente do conselho de administração da companhia, Antonio Cassio dos Santos disse que é preciso tomar cuidado para não confundir os ajustes contábeis que a empresa já fez com a revisão dos contratos de resseguros que a nova gestão vem realizando.

IRB (IRBR3) reporta prejuízo de R$ 685 mi no segundo trimestre

IRBR3: pior que o esperado

Conforme ele, o prejuízo registrado no segundo trimestre deste ano, contra o lucro de R$ 397,5 milhões em igual período do ano anterior, foi pior do que a empresa projetava.

Tratando das fraudes, ele disse que as investigações internas conduzidas pela companhia foram concluídas. “Não tem nenhum trabalho em curso e mais nada para ajustar”, disse.

O IRB ainda pretende ingressar com ação cível contra os responsáveis pelas fraudes. Por outro lado, decidiu manter a PwC como a empresa de auditoria dos balanços apesar de a companhia não ter detectado os problemas nos resultados.

“Depois do trabalho que foi feito entendemos que temos controles suficientes para que isso não volte a ocorrer.”

IRBR3: alto nível de solvência

O CEO se diz convicto de que o IRB mantém alto nível de solvência, que foi reforçada com o aumento de capital de R$ 2,3 bilhões concluído recentemente.

Nos cálculos da companhia, a relação entre o patrimônio líquido e o capital mínimo requerido está em 244%.

Ainda assim, o IRB segue abaixo do índice de liquidez mínimo exigido pela regulação brasileira.

Entretanto, Para Santos é preciso diferenciar o conceito adotado pela Susep com a solvência da empresa.

A companhia espera resolver o enquadramento regulatório nos próximos meses com a colocação de uma debênture privada e operações estruturadas.

Resultado

De acordo com a empresa, o resultado foi prejudicado pelo aumento da sinistralidade. Este indicador mais que dobrou na comparação com o segundo trimestre do ano passado e atingiu R$ 2,339 bilhões.

O executivo creditou o avanço das despesas com sinistros ao “efeito Covid”. Isso porque, com a pandemia, as empresas que têm contratos com a companhia passaram a cobrar mais rápido o pagamento de indenizações.

Para ele, os problemas reputacionais enfrentados pela companhia acabaram contribuindo para que as empresas acelerassem os pedidos de pagamento.

Conforme o balanço da empresa, com o aumento dos pedidos de indenização o índice de sinistralidade saltou para 135% no segundo trimestre.

A expectativa do executivo, porém, é que o índice caia para algo entre 67,5% e 73% sem considerar os efeitos extraordinários do período de abril a junho deste ano.

Veja IRBR3 na Bolsa:

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