IPO: BR Partners retoma planos de oferta pública inicial

Os recursos a serem captados com a oferta serão usados fortalecer a estrutura de capital e expandir a oferta de crédito

O banco de investimentos BR Partners revelou nesta terça-feira (26) plano de retomar sua oferta inicial de units (IPO, na sigla em inglês), apostando que a desintermediação financeira crescerá no Brasil e permitirá expandir seu negócio, incluindo o lançamento de uma plataforma digital de investimentos.

Segundo a Reuters, os recursos a serem captados com a oferta serão usados fortalecer a estrutura de capital e expandir a oferta de crédito.

IPO: BR Partners retoma planos de oferta pública inicial

Banco de investimentos

Presidido pelo empresário Ricardo Lacerda, o BR Partners opera como banco de investimentos desde 2013. Entre as operações mais recentes das quais participou como coordenador está a assessoria ao grupo francês Casino na reestruturação dos negócios na América Latina incluindo a compra da Éxito pelo GPA.

O IPO será coordenado por BTG Pactual, Itaú BBA e XP.

O grupo tinha anunciado pela primeira vez seu plano de IPO em agosto, mas cancelou o projeto em setembro, alegando instabilidade do mercado, que poderia o impedir a precificação de suas ações no valor inicialmente esperado.

Onda de IPO

A onda de IPO voltou com força nesse início de 2021. Um dos mais aguardados foi anunciado na última segunda-feira.

Foi quando a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) deu início ao processo de abertura do capital de sua divisão de mineração, com a operação podendo movimentar até R$ 8,1 bilhões.

Para isso, a situação precisa estar extremamente favorável para a empresa comandada por Benjamin Steinbruch. O montante considera a venda de todos os lotes de ações, um total de 720.817.408 papéis, no maior preço da faixa indicativa – que varia de R$ 8,50 a R$ 11,35.

Documento

Segundo o documento divulgado pela CSN na sexta-feira (22) anunciando o lançamento da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a operação prevê a venda de, inicialmente, 533.939.821 papéis, sendo 161.189.078 na tranche primária (quando os recursos vão para o caixa da empresa) e 372.749.743 na secundária (quando os acionistas vendem participação).

No caso da oferta secundária, a CSN vai vender um total de 327.593.584 ações que tem na CSN Mineração, enquanto a sul-coreana Posco vai colocar 7.565.145 papéis à venda e a japonesa Japão Brasil Minério de Ferro Participações um total de 37.591.014 ativos.

CSN Mineração

O IPO da CSN Mineração prevê ainda a possibilidade de a quantidade de ações ser acrescida em até 80.090.823 unidades por meio do lote suplementar, para estabilização do preço das ações durante os primeiros pregões, e um lote adicional de até 106.787.764 ações, que contém participações adicionais da CSN e suas sócias asiáticas.

O preço por ação será fixado após o processo de coleta de intenções de investimento com investidores (bookbuilding). Os recursos da oferta primária, de acordo com a CSN, serão utilizados para expandir as operações.

Um grupo de 11 instituições está coordenando o IPO, com o Morgan Stanley atuando como líder e a XP investimentos como agente estabilizador.

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