O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,95% em abril, após variar 0,05% no mês anterior. Com este resultado, o índice acumula taxa de -0,75% no ano e de -2,17% em 12 meses. Em abril de 2022, o índice havia subido 1,41% e acumulava alta de 14,66% em 12 meses. Os dados foram apresentados hoje pela FGV/IBRE.
“Os preços de importantes commodities para o setor produtivo seguem em queda. Soja (-9,34%), milho (-4,33%) e minério de ferro (-4,41%), abrem espaço para descompressão dos custos de importantes segmentos varejistas favorecendo a chegada desses efeitos nos preços ao consumidor. O IPC, ainda que esteja registrando desaceleração, segue pressionado pelos reajustes de preços administrados, como gasolina (2,39%), energia (1,31%) e medicamentos (2,02%). Além disso, os serviços livres também persistem com inflação em elevado patamar. Entre os itens deste segmento, vale destacar o aluguel residencial com alta de 1,31% em abril”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,45% em abril, após queda de 0,12% em março. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 0,81% em abril. No mês anterior, a taxa do grupo havia subido 0,12%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,96% para 0,65%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,80% em abril, após queda de 0,15% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários registrou nova queda passando de -1,08% em março para -1,74% em abril. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual passou de -0,52% para -1,23%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 1,05% em abril, após queda de 0,63% em março.
O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 3,20% em abril, após variar 0,71% em março. Contribuíram para a queda do grupo os seguintes itens: minério de ferro (4,95% para -4,41%), soja em grão (-3,24% para -9,34%) e milho em grão (-1,34% para -4,33%). Em sentido oposto, destacam-se os seguintes itens: bovinos (-2,47% para 2,65%) leite in natura (1,06% para 1,99%) e arroz em casca (-1,65% para 2,32%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,46% em abril. Em março o índice variara 0,66%. Três das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Transportes, cuja taxa de variação passou de 2,22%, para 0,85%. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item gasolina, cujo preço variou 2,39%, ante 6,52% na edição anterior.
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Habitação (0,84% para 0,62%) e Comunicação (0,46% para 0,21%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: aluguel residencial (2,73% para 1,31%) e tarifa de telefone móvel (1,18% para 0,55%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,50% para -0,96%), Alimentação (0,14% para 0,36%), Vestuário (0,20% para 0,31%), Despesas Diversas (0,13% para 0,18%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,00% para 1,01%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: passagem aérea (-8,21% para -5,59%), hortaliças e legumes (-2,75% para -0,68%), calçados (-0,01% para 0,73%), tarifa postal (0,37% para 2,08%) e medicamentos em geral (0,21% para 2,02%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,23% em abril, ante 0,18% em março. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de março para abril: Materiais e Equipamentos (-0,07% para 0,14%), Serviços (0,88% para 0,65%) e Mão de Obra (0,27% para 0,23%).
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