O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,62% em junho, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando variara 0,69%. Com este resultado, o índice acumula alta de 7,84% no ano e 11,12% em 12 meses. Em junho de 2021, o índice havia subido 0,11% e acumulava elevação de 34,53% em 12 meses. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira.
“O recuo dos preços de grandes commodities abre espaço para a desaceleração da inflação ao produtor. O risco de recessão em grandes economias contribui para o recuo dos preços do milho (de -0,10% para -3,30%), do minério de ferro (de -4,61% para -1,63%) e da soja (de 2,76% para -0,81%),” afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,44% em junho. No mês anterior, o índice havia apresentado taxa de 0,55%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,03% em maio para 0,72% em junho. O principal responsável por este avanço foram os alimentos in natura, cuja taxa passou de -5,79% para -0,70%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,82% em junho, contra 0,75% em maio.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,46% em maio para 1,33% em junho. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo suprimentos, cuja taxa passou de 2,70% para -2,18%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,09% em junho, após alta de 0,48% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 0,78% em junho, após variar 0,04% em maio. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: soja em grão (2,76% para -0,81%), cana-de-açúcar (3,65% para -1,24%) e milho em grão (-0,10% para -3,30%). Em sentido oposto, vale citar, minério de ferro (-4,61% para -1,63%), mandioca/aipim (-8,56% para 1,73%) e bovinos (-2,89% para -1,52%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,67% em junho, contra 0,50% em maio. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Habitação (-1,37% para 0,43%), Alimentação (0,45% para 1,30%) e Vestuário (1,21% para 1,26%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-9,34% para -0,41%), hortaliças e legumes (-9,06% para -5,13%) e roupas (1,37% para 1,53%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (1,02% para 0,18%), Educação, Leitura e Recreação (3,12% para 2,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,87% para 0,42%), Comunicação (-0,14% para -1,08%) e Despesas Diversas (0,91% para 0,13%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: etanol (3,09% para -6,79%), passagem aérea (16,33% para 9,43%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,85% para -0,68%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,18% para -2,59%) e serviços bancários (1,23% para 0,02%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,57% em junho, ante 0,84% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 32 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 11 apresentaram taxas abaixo de 0,00%, linha de corte inferior, e 21 registraram variações acima de 1,23%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 72,58%, 2,26 pontos percentuais abaixo do registrado em maio, quando o índice foi de 74,84%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 2,14% em junho, ante 2,28% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (1,72% para 1,07%), Serviços (0,73% para 0,68%) e Mão de Obra (3,08% para 3,35%).
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