O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,06% em janeiro. No mês anterior a taxa havia sido de 0,31%. Com este resultado, o índice acumula alta de 3,01% em 12 meses. Em janeiro de 2022, o índice havia subido 2,01% e acumulava elevação de 16,71% em 12 meses.
“O IGP-DI registou a menor taxa interanual desde setembro de 2019, quando acumulava alta de 3%. A principal contribuição para a desaceleração do IGP-DI partiu da inflação ao produtor que, nesta edição, acumula alta 1,89% em 12 meses, a menor desde março de 2018, quando caíra 0,48%. Commodities importantes registraram queda expressiva ao produtor, com destaque para carne bovina (de -0,44% para -1,82%) e aves (de -2,26% para -3,36%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,19% em janeiro. No mês anterior, o índice havia apresentado taxa de 0,32%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -0,33% em dezembro para -0,04% em janeiro. O principal responsável pela queda menos intensa foi o item alimentos processados, cuja taxa passou de -0,76% para -0,47%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,15% em janeiro, contra queda de 0,19% em dezembro.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,83% em dezembro para -1,19% em janeiro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,39% para -0,21%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,60% em janeiro, ante queda de 0,06% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 0,79% em janeiro, após subir 2,28% em dezembro. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (16,75% para 7,05%), bovinos (2,57% para -1,08%) e café em grão (5,19% para 0,92%). Em sentido oposto, vale citar, leite in natura (-4,58% para 0,03%), soja em grão (-2,08% para -1,53%) e milho em grão (-0,33% para 0,79%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,80% em janeiro, após variar 0,35% em dezembro. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (-0,07% para 3,28%), Transportes (-0,07% para 0,92%) e Despesas Diversas (0,03% para 0,97%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: cursos formais (0,00% para 7,45%), gasolina (-1,21% para 1,12%) e serviços bancários (0,00% para 1,26%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,73% para 0,48%), Vestuário (0,87% para -0,08%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,55% para 0,42%), Habitação (0,31% para 0,26%) e Comunicação (0,74% para 0,73%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: hortaliças e legumes (5,17% para -0,27%), roupas (1,09% para -0,20%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,32% para -0,17%), aluguel residencial (-0,23% para -1,08%) e tarifa de telefone móvel (0,70% para -0,40%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,28% em janeiro, ante 0,29% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 35 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 11 apresentaram taxas abaixo de -0,27%, linha de corte inferior, e 24 registraram variações acima de 0,61%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 69,68%, 1,61 ponto percentual abaixo do registrado em dezembro, quando o índice foi de 71,29%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,46% em janeiro, ante 0,09% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (-0,05% para 0,05%), Serviços (0,45% para 1,02%) e Mão de Obra (0,15% para 0,70%).
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