As ações mundiais pairaram perto de máximas recordes na quarta-feira (2) na esperança de uma vacina contra o coronavírus e estímulo econômico adicional dos EUA, embora o entusiasmo por ativos mais arriscados tenha deixado o dólar preso em uma baixa de 2-1 / 2 ano.
Segundo a Reuters, a Grã-Bretanha se tornou na quarta-feira o primeiro país do mundo a aprovar a vacina Pfizer-BioNTech COVID-19 para uso, dizendo que começaria a ser lançada no início da próxima semana.
Concorrentes
As duas empresas farmacêuticas e a concorrente Moderna também buscaram a aprovação do uso emergencial dos reguladores europeus nesta semana.
As principais autoridades de saúde dos EUA anunciaram planos para começar a vacinar os americanos já em meados de dezembro, assim que as aprovações regulatórias estiverem em vigor. As mortes em todo o país atingiram 2.295 na segunda-feira, o maior número em seis meses.
“A aprovação de uma vacina altamente eficaz pode marcar o início do fim da turbulência econômica do COVID-19 e o início de um novo mercado em alta para ações”, disse Mike Bell, estrategista de mercado global do JP Morgan Asset Management.
“Os cientistas vieram para o resgate e entregaram o que os investidores esperavam para o Natal”.
Ações europeias
Apesar das notícias positivas, as ações europeias lutaram para aumentar sua recente alta no início do pregão, mas o indicador de ações do MSCI em todo o mundo subiu 0,1% para mantê-lo perto de um máximo histórico.
O dólar estava preso em baixas de 2-1 / 2 anos em relação ao euro e a um índice das principais moedas, à medida que os investidores buscavam as moedas de maior risco que haviam caído durante os estágios iniciais da pandemia.
Rendimentos
Os rendimentos dos títulos do governo da zona do euro atingiram seu nível mais alto em três semanas, em -0,51%.
A Pfizer e a BioNTech disseram que sua vacina poderia ser lançada na União Européia já neste mês, embora um regulador europeu tenha obscurecido o cronograma quando disse que completaria sua revisão de sua vacina em 29 de dezembro.
Analistas
Analistas do Deutsche Bank disseram que a aprovação antecipada e o lançamento da vacina na Grã-Bretanha “levanta a perspectiva de que a vida possa voltar mais perto do normal no início do próximo ano”.
As ações da BioNTech subiram mais de 8% antes de reduzir os ganhos, embora as ações europeias tenham caído em geral 0,3%, embaralhando abaixo das altas recentes de nove meses.
Óleo quente
Os mercados também esperavam por mais alívio fiscal. O principal republicano do Senado dos EUA, Mitch McConnell, disse na terça-feira que o Congresso deveria incluir um novo estímulo ao coronavírus em um projeto de lei de US$ 1,4 trilhão que visa impedir uma paralisação do governo em meio à pandemia.
O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, disse ao New York Times que sua prioridade é conseguir um pacote de ajuda generoso pelo Congresso antes mesmo de assumir o cargo em janeiro.
Futuros das ações
Os futuros de ações dos EUA caíram 0,23%, após um fechamento recorde de alta para as ações de Wall Street.
A libra estava sob alguma pressão, no entanto, como um diplomata da UE disse que o acordo comercial pós-Brexit do Reino Unido com a União Europeia “ainda está em equilíbrio”.
A libra esterlina caiu mais de 0,5%, para US $ 1,3354. As ações de primeira linha do Reino Unido estavam estáveis.
Na Ásia, as ações da China se recuperaram das perdas iniciais e subiram 0,12%.
Tóquio
As ações de Tóquio mudaram pouco depois de estabelecer um novo recorde de alta em 29 anos. As ações do Softbank Group caíram 0,66% depois que a Bloomberg News disse que o investidor em tecnologia está encerrando suas negociações de opções em empresas como Amazon.com Inc e Facebook Inc.
Os preços do petróleo também foram elevados pelo otimismo da vacina, revertendo perdas anteriores feitas depois que a OPEP e seus aliados deixaram os mercados no limbo ao adiar uma reunião formal para decidir se aumentaria a produção em janeiro.
Petróleo
Os futuros do petróleo Brent subiram 0,15%, para $ 47,49 por barril, enquanto o petróleo dos EUA caiu 0,09%, para $ 44,51 por barril. O petróleo subiu quase 30% no último mês.
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