A pandemia acelerou os movimentos de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no Brasil. De janeiro a outubro foram anunciadas 802 transações, aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da consultoria PwC.
Segundo o Estadão, a média para o período nos últimos cinco anos foi de 574 operações. Em 2019, o total de transações em todo o ano foi de 912. O recorde anterior do acumulado em dez meses foi no ano de 2014, quando foram anunciadas 717 fusões ou aquisições.
Setor de TI
O setor de TI se mantém na liderança, com 305 de transações no período acumulado até outubro. O aumento foi de 41% ante igual intervalo do ano passado e evidencia a busca das empresas por mais tecnologia e digitalização, movimento que se acelerou com a pandemia.
No período consolidado de 2020, as transações envolvendo investidores nacionais corresponderam a 74% das aquisições e compras minoritárias, máxima histórica para o período.
As privatizações e concessões representam 19 transações no período – ou 44% de queda em relação ao mesmo período de 2019 (34 transações).
Saúde e higiene
O mercado brasileiro registrou em outubro 128 fusões e aquisições que movimentaram R$ 15,1 bilhões. O total reforça uma tendência de recuperação desde agosto e está bastante acima das 78 transações em abril, no auge da incerteza causada pela pandemia do coronavírus, mas o ritmo mensal de operações ainda segue abaixo do verificado em 2019. Em uma análise setorial, o destaque no ano fica, até aqui, fica por conta das startups de saúde e higiene, que já movimentaram 136% mais em 2020 do que no mesmo período de 2019.
No acumulado dos primeiros dez meses de 2020, o total de transações chegou a 1.133, movimentando R$ 182,9 bilhões. Isso representa uma queda de 8% no valor e de 11% no número de transações, na comparação com o mesmo período de 2019.
Os dados são do boletim mensal da consultoria Transactional Track Record (TTR), sediada em Madri, na Espanha.
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