“O uso do FGTS é uma medida positiva, porém pontual e com pouco impacto, por isso são necessárias as demais medidas para impulsionar a economia”
O dólar se mantém estável, na faixa dos R$ 3,75. Com aprovação da Reforma da Previdência a confiança para investimentos no país tende a aumentar, o que gera um fluxo da moeda estrangeira, podendo reduzir seu valor de troca. O cenário externo se mantém no aguardo da reunião do FED, que acontecerá no fim do mês. Os agentes econômicos aguardam uma redução da taxa de juros americana, que se encontra na faixa de 2,25% e 2,5%.
Como o dólar está se comportando?
Para Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital, o principal fator para a queda da moeda foi o avanço do texto da Reforma para o 2º turno. Segundo ele, o valor caiu para o patamar de R$ 3,70, mas ainda aguarda a aprovação, na expectativa de uma economia robusta para os cofres públicos. “O dólar está no patamar de R$ 3,75 como reação da tramitação da Reforma, aprovada em 1º turno no Congresso, os agentes continuam em compasso de espera em relação a aprovação após o recesso parlamentar, o que deve precificar novamente os ativos. O dólar tende a ser precificado mais um pouco para baixo caso não ocorra nenhuma desidratação”, afirmou Bergallo.
Qual o impacto do FGTS na economia?
Além do ajuste na Previdência, o mercado aguarda outras medidas para impulsionar a economia. “Ainda nessa esteira temos algumas medidas do Governo na área econômica que devem ser anunciadas. Privatizações, reforma tributária, alguns pacotes de incentivos que o governo está planejando para estimular a economia. Além disso, o uso do FGTS é uma medida positiva, porém pontual e com pouco impacto, por isso são necessárias as demais medidas para impulsionar a economia”, explicou. Quanto ao cenário externo ele se encontra estável o que também atrai mais dólares para a economia brasileira. “E também o cenário externo, sempre uma constante, impactando na economia. Se o cenário externo está com muita liquidez, você costuma ter um fluxo cambial para países emergentes. Se você tem uma situação de pouca liquidez, de aversão ao risco, isso tende a afugentar investimentos no Brasil”, completou Bergallo.
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