A maioria dos executivos brasileiros apostam em uma retomada da atividade econômica em 2021, aponta a pesquisa Agenda 2021, feita pela consultoria Deloitte: 42% dos entrevistados acreditam que, neste ano, a atividade econômica no Brasil voltará a ser igual ao nível pré-crise da covid-19, enquanto 18% acreditam que haverá crescimento e que a atividade econômica será superior ao nível pré-pandemia.
De acordo com o Estadão, trata-se de um número considerável de empresários, porém, se mostra mais pessimista: 37% acham que a economia não terá grande recuperação em 2021, ficando abaixo do nível de antes da crise causada pelo novo coronavírus. Apenas 3% dos entrevistados disseram esperar que a economia terá queda em relação ao fechamento de 2020.
A agenda
Conforme o jornal, a agenda 2021 ouviu, entre os dias 10 e 24 de novembro de 2020, representantes de 663 empresas, de 36 segmentos econômicos, cujas receitas somaram R$ 1,5 trilhão no ano passado. Dos executivos que participaram da pesquisa, 65% ocupam cargos de conselho, presidência e diretoria.
“A nossa conclusão é que não existe um consenso entre os empresários. Alguns estão mais otimistas e outros, pessimistas. Nas conversas, nas reuniões que nós temos feito e também segundo a pesquisa mostra, olhando como um todo, a gente entende que a maioria dos executivos acredita que este ano será de recuperação”, explica João Maurício Gumiero, sócio-líder de Market Development da Deloitte.
Na pesquisa, os desafios para retomar investimentos em novos projetos em 2021 mais citados pelas empresas foram a volatilidade macroeconômica, a imprevisibilidade na geração de receita e os riscos operacionais. “O grande esforço deverá ser a retomada da receita no primeiro trimestre. É muito importante a retomada dos empregos e da receita. Se as empresas tiverem a receita, é possível ter alguma certeza em meio ao ambiente volátil, de pelo menos voltar a operar como no momento pré-pandemia”, comenta Gumiero.
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