A Eternit (ETER3), que agora concentra seu core business em coberturas e é líder do setor, anuncia nova chamada de capital a seus acionistas.
O valor do aumento de capital será de R$110 milhões, mediante a emissão privada de 10,1 milhões de ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, ao preço de emissão de R$10,89 por ação.
Caso haja a subscrição da totalidade das ações objeto do aumento de capital, o capital social da companhia passará de R$385.536.684,52, representado por 51.675.555 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal, para R$495.536.792,32, representado por 61.776.575 ações ordinárias.
Eternit: RJ
Por estar em Recuperação Judicial, a companhia está utilizando todos os recursos disponíveis no momento para pagamento a credores.
Com isso, a nova chamada visa arrecadar recursos para a aquisição de um ativo industrial em operação para a consolidação setorial, com crescimento instantâneo de sua capacidade instalada, sem, entretanto, provocar excedente de produção na indústria, o que traria um consequente reflexo nas margens praticadas no mercado.
“De acordo com o planejamento estratégico da companhia, nosso crescimento no negócio de telhas de fibrocimento deve se dar por aumento da cobertura territorial. Em regiões onde já existe um equilíbrio entre oferta e demanda, a instalação de capacidades adicionais poderia pressionar preços e reduzir margens. Assim, o intuito dessa futura aquisição é aumentar nossa participação, sem criar um desequilíbrio no mercado”, informa Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit.
Eternit: Movimento estratégico e valorização no mercado
No ano passado, houve uma primeira chamada de aumento de capital que atingiu 99,5% de adesão entre os acionistas, com a captação de R$ 46,6 milhões, representada por 19,9 milhões de ações ordinárias ao preço de emissão de R$ 2,34 por ação, e garantiu os recursos para o programa de modernização do parque industrial de fibrocimento, especificamente nas fábricas de Colombo (PR), Rio de Janeiro (RJ), Simões Filho (BA), Goiânia (GO) e Manaus (AM), e para o projeto de telhas fotovoltaicas.
“Vamos utilizar de nossa grande base acionária, de cerca de 18 mil acionistas, para convidá-los a participar desta chamada, pois sentimos que há espaço para nosso crescimento no mercado nacional como um todo. Assim, teremos maior capacidade produtiva, melhor distribuída geograficamente e que irá agregar muito mais valor às ações da companhia”, avalia Marcelo Gasparino, presidente do Conselho de Administração do Grupo Eternit.
Eternit: segunda chamada
Para esta segunda chamada, a emissão privada é de 10,1 milhões de ações ordinárias, ao preço de emissão de R$10,89 por ação, quadruplicando o valor da ação em relação à emissão realizada no ano passado. “O mercado reconheceu na gestão do conselho de administração e da diretoria uma estratégia clara e acertada e uma grande disciplina de alocação de capital”, complementa Gasparino.
“A conclusão do plano de reestruturação da companhia, iniciado em 2017, com a contratação de um corpo diretor altamente qualificado operacionalmente, a redução de estruturas administrativas e de custos fixos, além da revisão do portfólio de negócios, fez com que o mercado percebesse que a companhia conseguiu reescrever sua história. Prestes a sair de uma recuperação judicial, com credibilidade e uma valorização de quase 1.000% em relação ao início de 2020. A governança corporativa numa small cap é frutífera, proporcionando excelentes resultados, com um conselho de administração comprometido em permitir e subsidiar a diretoria com todos os instrumentos necessários para que fosse possível otimizar sua operação. Com conhecimento, competência e experiência, a administração da Eternit deu a volta por cima por meio de um desenvolvimento estratégico, que sem dúvida está sendo bem recebido pelo mercado”, finaliza o executivo.
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