Dólar tem maior queda diária em dois anos e meio; Bolsa volta a subir e fecha com alta de 0,6%

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (12) vendido a R$ 5,323, com queda de R$ 0,181 (-3,29%)

Influenciado pela retomada da euforia nos mercados externos, o dólar retornou para o nível de R$ 5,30 e teve a maior queda diária em dois anos e meio. A bolsa de valores recuperou-se do recuo de segunda-feira (11) e encerrou com leve alta.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (12) vendido a R$ 5,323, com queda de R$ 0,181 (-3,29%). A divisa caiu durante toda a sessão, até fechar próxima da mínima do dia.

Dinheiro disponível no mercado global atrai empresas brasileiras
Dinheiro disponível no mercado global atrai empresas brasileiras

Dólar: desempenho

Com o desempenho de hoje, o dólar passou a acumular alta de 2,49% em 2021. Até ontem, a valorização estava em 6,01%. O real liderou os ganhos perante as principais moedas globais, à frente do rublo russo, que se valorizou 1,9%, o rand sul-africano (1,8%) e o peso mexicano (1,3%).

No mercado de ações, o dia também foi marcado pelo otimismo. O índice Ibovespa, da B3, subiu 0,6%, fechando a sessão aos 123.998 pontos. O indicador iniciou o dia próximo da estabilidade, mas foi beneficiado pelo ingresso de capitais externos.

Tensão

Depois de vários dias de tensão, o otimismo retornou aos mercados globais por causa da perspectiva de um novo pacote de estímulos para a economia norte-americana pelo futuro governo dos Estados Unidos. A injeção de dólares pelo Banco Central da maior economia do planeta reduz as pressões sobre países emergentes, como o Brasil.

A divulgação de que a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2020 em 4,52% também ajudou a derrubar o dólar. Com o índice acima do centro da meta, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra, disse ser possível que o Comitê de Política Monetária (Copom) reveja em breve a manutenção da taxa Selic (juros básicos da economia) em 2% ao ano.

A expectativa de que os juros básicos podem começar a subir antes do planejado para segurar a inflação e tornar o Brasil mais atrativo para o capital financeiro, estimulando a entrada de recursos no país.

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