Dólar cai a menos de R$ 5 pela primeira vez em mais de um ano

Após ter chegado a mínima de R$ 4,994, às 13h30, o dólar caía 0,72% e chegou a ser negociado a R$ 5,002

Hoje (16), o dólar registrou forte queda em relação ao real. Pela primeira vez em mais de um ano, a moeda norte-americana voltou a ser negociada abaixo dos R$ 5. Além disso, após ter chegado à mínima de R$ 4,94, às 13h30, o dólar caía 0,72%, sendo negociado à R$ 5,02.

A desvalorização da moeda aconteceu antes da decisão de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. A perspectiva é que o Federal Reserve mantenha os juros próximos de zero.

Dessa forma, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevará a taxa Selic em pelo menos 0,75 %. Portanto,  o diferencial de juros entre os dois países aumentará, tornando mais vantajoso os investimentos de renda fixa no país.

Mercado de câmbio

No mercado de câmbio, o real conseguiu a melhor performance em comparação com as moedas internacionais.

Todavia, saiu em desvantagem apenas para a valorização das rúpias de Seicheles em relação ao dólar. O principal par do real, o peso mexicano, está em queda contra o dinheiro americano.

O dólar é considerado um dos investimentos mais seguros do mundo, assim como o ouro e títulos do Tesouro americano.

A compra da moeda muitas vezes é atrelada a uma forma de prevenção, uma vez que os investidores tendem a comprar dólares ou fundos atrelados à moeda quando a forte tendência de ‘riscos’.

Projeções para o futuro

Segundo o BTG Pactual Digital, a taxa Selic, que hoje está em 3,5%, deve chegar a 6,5% até o fim de 2021. A expectativa era de 5,5%.

“Este ambiente de atividade mais forte que o esperado tem antecipado nossas expectativas de fechamento do hiato do produto”, informa a equipe de Research em relatório.

De acordo com o boletim mais recente da Focus, havia uma expectativa média do mercado para a Selic ao fim do ano de 6,25%. Em suma, desde o final do mês de abril, o dólar acumula queda de 8% em comparação ao real.

Dessa forma, além da alta de juros, algumas questões contribuíram para a valorização do real, como: alta das commodities, menor percepção de risco fiscal, captações de empresas brasileiras no exterior e melhor perspectiva de crescimento.