Cosan (CSAN3): Raízen vai comprar Biosev com troca de ações e dinheiro, diz jornal

A Biosev se tornará acionista minoritária da Raízen, com cerca de 3,5% de fatia da companhia

A Raízen, joint venture entre Cosan (CSAN3) e Shell, deve concluir nesta segunda-feira (8) as negociações para a compra da Biosev, segunda maior companhia de açúcar e álcool do país, que pertence ao grupo Louis Dreyfus, apurou o Valor. O acordo será feito por meio de troca de ações e dinheiro.

De acordo com o Valor, a Biosev se tornará acionista minoritária da Raízen, com cerca de 3,5% de fatia da companhia. A Raízen também deve desembolsar cerca de R$ 3,6 bilhões em dinheiro, que será usado para o grupo Louis Dreyfus reduzir parte do seu alto endividamento.

Biosev (BSEV3) negociação possível venda para Raízen Energia
Biosev (BSEV3) negociação possível venda para Raízen Energia

Acordo

No acordo entre as duas partes que ainda estava em andamento, a Biosev deve ainda ficar com uma participação um pouco abaixo de 1,5% da Raízen, mas não será em ações – serão dividendos que deverão ser pagos nos próximos anos. Esses detalhes estavam ainda sendo discutidos no fim de semana e devem ser concluídos ainda hoje.

Líder do setor, com 26 usinas de açúcar e álcool, a Raízen está há mais de um ano negociando a compra da concorrente, vice-líder do mercado até a safra passada. Com dívidas de R$ 7,6 bilhões, a Biosev tem nove usinas – oito em operação. O tamanho da alavancagem da Biosev era o empecilho para o fechamento do negócio – a Raízen não que carregar a alt

A aquisição

Conforme o jornal, a aquisição da segunda maior processadora de cana do país pela maior empresa do setor deve reunir em um só grupo mais de 100 milhões de toneladas em capacidade instalada, ou cerca de 15% da moagem de cana do Centro-Sul. Na safra passada, o faturamento da Raízen Energia alcançou R$ 30 bilhões, e o da Biosev, R$ 7 bilhões.

A trading Louis Dreyfus entrou no mercado de açúcar e álcool no Brasil em 2009, quando o setor sucroalcooleiro estava em um forte movimento de consolidação. A trading francesa fez sua estreia no Brasil com a compra da usina Vale do Rosário, que pertencia ao empresário Cícero Junqueira Franco, um do pais do Pro-álcool do Brasil, e também com a aquisição da Santa Elisa, que pertencia à família Biagi, uma das mais tradicionais famílias usineiras do país.

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