O BTG Pactual começou a testar o interesse dos investidores brasileiros por fundos que investem em criptoativos no ano passado, quando lançou um veículo para aplicar em fundo da fintech Hashdex, e levantou R$ 400 milhões no produto.
De acordo com o Valor Econômico, o banco resolveu montar sua própria estratégia em criptoativos e está lançando o primeiro fundo local com gestão ativa que investe em bitcoins.
Voltado ao varejo, o fundo do BTG vai ter um aporte mínimo de R$ 1, enquanto um único bitcoin custa quase US$ 60 mil (R$ 342 mil). “É um ativo que tem bastante demanda mundo afora e não tem tanta oferta no Brasil. Achamos que, com nossa expertise em distribuição e tecnologia, poderíamos colocar isso num pacote que fosse mais fácil para o investidor acessar, com baixo custo”, afirma Will Landers, chefe de renda variável da BTG Asset Management.
BTG
Ainda de acordo com o jornal, sem taxa de performance e cobrando 0,5% de administração – menor que a taxa do fundo de fundos FIC Hashdex -, a carteira do BTG investe 20% em bitcoins e o restante em renda fixa no Brasil.
Segundo Landers, a opção por colocar só uma criptomoeda no fundo é justamente para não complicar muito e o investidor conseguir acompanhar melhor o desempenho desse primeiro ativo, que é o de maior liquidez entre as criptomoedas – o que viabiliza ao fundo dar saída diária.
“É um fundo ‘carbon free’, em linha com a estratégia ESG que é super importante para o banco. Como bitcoin é produto de mineração, por computadores e demanda alta de eletricidade, compramos crédito de carbono”, diz Landers, fazendo referência aos investimentos que seguem regras de impactos ambientais, sociais e de governança.
Bitcoins
Os bitcoins dividem opiniões entre os grandes investidores globais – há quem ame e quem odeie. Mas fato é que, em reais, a moeda virtual teve valor multiplicado por dez em um ano – empurrado pela valorização do ativo e pela valorização do dólar.
Para Landers, mesmo com a forte valorização recente, o ativo continua atraindo interesse de novos investidores e pode ser oportunidade – com mais companhias e governos usando para reservas e pagamentos.
“Não está no ‘all time high’, está próximo dele. Mas, de qualquer forma, para qualquer tipo de investimento, a recomendação é não alocar a carteira inteira e a gente quer explicar o que é, colocar vídeos on-line sobre moedas e blockchain, e justamente por isso um produto em que o investidor começa pequeno”, afirma o chefe da asset.
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