Braskem (BRKM5) consegue suspender medidas da ANM relacionadas a minas de extração de sal em Maceió

A suspensão do ofício da ANM ocorreu após o pedido de reconsideração elaborado pela companhia

A Braskem (BRKM5) comunicou nesta terça-feira (5) que conseguiu suspender medidas adicionais determinadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) para fechamento de minas instáveis de extração de sal em Maceió (AL), que acarretariam custo adicional de R$ 3 bilhões à petroquímica.

De acordo com a empresa, a suspensão do ofício da ANM ocorreu após o pedido de reconsideração elaborado pela companhia e será válida até a avaliação final dos argumentos técnicos apresentados pela Braskem.

No final de novembro, a petroquímica estimou em 3 bilhões de reais custos e despesas adicionais para a implementação de medidas cobradas pela ANM que incluíam o fechamento de minas e o preenchimento com material sólido de determinados poços adicionais de extração de sal.

Braskem (BRKM5) consegue suspender medidas da ANM relacionadas a minas de extração de sal em Maceió

Grandes pendências

De acordo com o Valor Econômico, na reta final de 2020 a Braskem começou a se liberar das grandes pendências que reduzem seu valor e dificultariam o processo de venda que a controladora Odebrecht prevê lançar neste trimestre. Ao mesmo tempo em que chegou mais perto de pôr um ponto final nas incertezas relacionadas ao problema geológico em Alagoas, a petroquímica assegurou novos contratos de longo prazo de matéria-prima com a sócia Petrobras. Dentro da companhia, conforme o Valor apurou, a avaliação é de que os acordos trazem segurança jurídica e às operações industriais.

Em Alagoas, o acerto feito com as autoridades no dia 30 de dezembro extingue as ações civis públicas que eram a principal variável do custo financeiro da questão geológica e socioambiental na capital, Maceió, delimitando melhor esse gasto. Neste momento, a conta, incluindo o que já foi desembolsado, é de até R$ 12,7 bilhões.

Conforme o jornal, o acordo elevou os gastos em R$ 1,2 bilhão, com a desocupação adicional de imóveis, reparação por danos coletivos e remediações sócio urbanísticas. O valor final ainda é passível de ajustes e pode, inclusive, ser inferior a essa estimativa, com base nos dados técnicos e acordos existentes hoje. Mas ficaria bem abaixo de quase R$ 40 bilhões que os órgãos públicos pediam em ações judiciais movidas contra a companhia.

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