O bitcoin chegou a despencar 17% nesta terça-feira (23), reflexo do nervosismo de investidores com as cotações altíssimas da moeda digital, que tem desencadeando desmonte de apostas alavancadas e provocando uma liquidação nos mercados de criptomoedas.
Segundo a Reuters, o bitcoin enfrentava sua maior queda diária em um mês, recuando para 44.845,72 dólares no pior momento. Por volta das 09:45 (horário de Brasília), a moeda caía 11,79%, para 47.785,83 dólares.
O declínio afastava a cotação do recorde de 58.354,14 dólares registrado no domingo e ressaltava a volatilidade do ativo emergente – que ainda acumula elevação de 60% apenas neste ano.
“Os tipos de altas que temos visto não são sustentáveis e apenas convidam a quedas como essa”, disse Craig Erlam, analista de mercado sênior da OANDA.
O Ethereum, que frequentemente se move em conjunto com o bitcoin, perdia 16,04%, a 1.493,34 dólares.
Os mercados de criptomoedas estão aquecidos este ano, à medida que grandes gestores de recursos e empresas começam a levar a sério a classe de ativos, investindo no setor e gerando confiança entre os pequenos especuladores.
Bitcoin – Governos
Michael Burry, o investidor que é mais conhecido por ser um dos primeiros a prever a crise financeira de 2008, publicou no Twitter uma previsão bastante pessimista sobre o futuro do Bitcoin e do ouro.
Segundo o LiveCoins, o renomado gestor de fundos de hedge que foi interpretado por Christian Bale no filme “A Grande Aposta”, afirmou que os governos podem “esmagar” o Bitcoin e até mesmo o ouro para proteger moedas fiduciárias.
Burry acredita que isso ocorreria em uma guerra contra a inflação, com vários estímulos dos governos para aumentar os incentivos para fazer a economia voltar a caminhar.
Em seu tuíte, Burry diz que “governos centralizados legalmente violentos e sem coração, com interesses em monopólios de moedas não permitirão que o bitcoin prospere e permaneça descentralizado no longo prazo.”
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