Em sua estreia como moeda oficial do país El Salvador, localizado na América Central, o Bitcoin registra uma queda de 17%, alcançando os US$ 43 mil, seu menor valor em um mês e meio.
De acordo com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, a instalação da criptomoeda apresentou problemas. Por causa disso, o serviço acabou sendo interrompido.
“Qualquer dado que eles tentarem inserir neste momento vai dar um erro. O sistema é desconectado enquanto a capacidade dos servidores aumenta. É um problema relativamente simples, mas não pode ser corrigido com o sistema conectado”, afirmou o presidente em sua conta no Twitter.
Grande teste
A implementação do Bitcoin como moeda oficial de um país se tornou o maior teste da criptomoeda, que tem 12 anos de existência. Afinal, de acordo com os entusiastas, o experimento pode ser muito significativo.
Isso porque o monitorando pode mostrar um número significativo de pessoas que desejam realizar transações com o Bitcoin quando ele circula junto ao dólar americano. Além disso, especialistas pretendem analisar se a criptomoeda pode trazer benefícios para a violenta e empobrecida nação da América Central.
No caso de uma experiência bem sucedida, há uma grande possibilidade de adesão de outros países. Dessa forma, o governo Chivo já se pronunciou informando que está disposto a investir US$ 30 em moeda para usuários que se registrarem com um número de identidade nacional salvadorenho.
1° país a adotar a moeda
El Salvador se tornou a primeira nação a adotar o Bitcoin (BTC) como moeda legal. A aprovação do decreto perante ao congresso do país aconteceu em meados de junho. Além disso, a decisão foi um marco para as criptomoedas.
Como deveria funcionar?
Segundo a lei que regula a adoção de Bitcoin, a moeda de referência para as transações é o dólar americano, visto que o país não tem um dinheiro nacional. Assim, a volatilidade é uma das questões que impossibilitaram o uso do ativo. Mas, a expectativa é de que outros países sigam o mesmo caminho, o que tenderia a diminuição da volatilidade.
Além disso, cerca de 70% da população de El Salvador está fora do sistema bancário, entre 15% e 20% do PIB é composto por remessas enviadas de imigrantes que estão em outros países trabalhando.