O presidente americano, Joe Biden, anunciou uma série de medidas nesta terça-feira (8) que podem botar fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia. Além das sanções anunciadas semana passada, Biden acaba de banir a importação de petróleo russo – são cerca de 700.000 barris de petróleo por dia que eram exportados da Rússia para os Estados Unidos. Para amenizar os impactos, o governo americano deve liberar 90 milhões de barris de petróleo de sua reserva estratégica.
Biden usou palavras fortes para falar sobre o conflito. “A Ucrânia nunca será o lugar de uma vitória russa”, afirmou para destacar a sua determinação de impedir uma vitória russa. O democrata anunciou a doação de US$ 1 bilhão para a Ucrânia e o pedido de que o congresso permita uma ajuda ainda maior, de US$ 12 bilhões. Com isso, os Estados Unidos estão financiando ativamente um exército que luta contra os russos – em tempos de União Soviética, os americanos chegaram a financiar até Osama Bin Laden.
Além dessa medida, que envolve novas compras (as entregas do que já foi adquirido está permitido), o presidente americano disse que o país precisa acelerar a transição para energia renovável e alertou que as petrolíferas não podem “aumentar o preço de maneira excessiva” – o que trouxe preocupações de que o governo americano vai impor controle de preços no combustível.
A opinião pública americana tem sido fortemente pró-Ucrânia, e Biden tem um incentivo político de ser o mais duro possível: ele deve enfrentar eleições parlamentares este ano, as midterms, e era previsto que seu partido tivesse grandes perdas devido à impopularidade de Biden. Contudo, surfar na onda da guerra na Ucrânia pode aumentar sua popularidade.
Diversas empresas americanas já suspenderam ou encerraram suas operações na Rússia – que tem estudado estatizar algumas das fábricas paradas. Até mesmo o McDonald’s, que está presente no cotidiano russo desde os tempos de União Soviética, interrompeu a operação de 850 restaurantes. De acordo com o Moscow Times, mais de 250 empresas já deixaram a Rússia.
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